No âmbito do Mês do Teatro do Barreiro 2011, o Teatro de Ensaio do Barreiro (TEB) vai repor, no domingo, dia 27 de Março, pelas 16h00, na Oficina de Teatro Mário Pereira, a peça “O Telefonema”, de Carlos Coutinho, com encenação de Graciano Simões, espectáculo que reporta ao 25 de Abril de 1974 e ao período que o antecedeu.
Este trabalho, que estreou pela mão do TEB a 23 de Outubro de 2010, conta com o apoio da Câmara Municipal do Barreiro.
Informações
«A acção decorre nos tempos conturbados do antes 25 de Abril.
Um telefonema pode dar origem a uma salvação ou a uma prisão por tempo indeterminado.
Durante a noite o telefone é a coisa mais importante para os intervenientes desta história. À noite, pode haver uma chamada para a vida, ou revelar o que de mais sinistro há no ser humano.
Os valores morais, humanos e políticos serão postos em causa. A verdade, por muito bem escondida que esteja, é posta a descoberto.
Um só telefonema irá mudar para sempre a vida de uma família.
Mas, quando tudo parece perdido, quando tudo à volta se desmorona, quando liberdade, dignidade e esperança parecem palavras vãs, sem qualquer sentido, um simples arrastar dos pés vem galvanizar todos estes valores que pareciam perdidos. Um simples arrastar dos pés, vem lembrar a todos que mesmo que estejamos de rastos podemo-nos erguer e gritar bem alto, BASTA!»
Sobre o autor
«Carlos Alberto da Silva Coutinho nasceu em 22 de Agosto de 1943 em Fornelos, povoação do Alto Douro, onde viveu até aos 22 anos. Estudou durante 4 anos no Seminário de Vila Real. Fez nesta cidade o curso de Magistério, tendo leccionado num asilo de crianças.
Tendo denunciado vigorosamente as condições desumanas em que viviam as crianças asiladas, Carlos Coutinho conseguiu, com a colaboração da população da cidade, que a respectiva diocese encerrasse o referido estabelecimento, o que sucedeu após a fuga de muitas crianças asiladas.
Permaneceu em Moçambique durante dois anos como enfermeiro das tropas ocupantes. As suas actividades políticas levaram-no a um Auto de Corpo de Delito, nada tendo as autoridades militares conseguido provar.
De regresso à metrópole leccionou em Lisboa; escreveu vários originais (Teatro e Contos) que não publicou. Em 1971, Fernando Luso Soares incluiu na colecção “Cena Aberta”, que dirigia no jornal do Fundão, a peça num acto único “O Herbicida”, saudado pela crítica da especialidade. Nesse mesmo ano, deslocou-se ao estrangeiro numa viagem integrada na luta clandestina em que participava, tendo regressado no ano seguinte. Em 22 de Fevereiro de 1973, foi preso sendo libertado 14 meses depois, com o 25 de Abril, altura em que decorria a fase final do seu julgamento.»
Ficha Artística
Mãe – Conceição Lopes
Pai – António Jorge dos Santos
Filho – Pedro Fona
Participação de: Rogério Rosa, Celeste Ricardo e das crianças Bárbara Gonçalves e Ruben Mares
Agradecemos a colaboração de: Helena Marques, Maria Teresa, Elisabete e António Fona.
Ficha Técnica
Autor – Carlos Coutinho
Encenação – Graciano Simões
Contra Regra – António Jorge dos Santos
Cenografia – Graciano Simões
Executado por – José Brito
Assistido por – Fernando Santos e António Jorge dos Santos
Projecto de Luz e Som – Graciano Simões
Operadores de Luz e Som – Susana Santos, Tina Santos e Vanessa Nunes
Técnico de Luz – João Santos
Electricista – António Jorge dos Santos
Ponto – Fernando Santos
Caracterização – Celeste Ricardo
Recolha de Imagens – António Jorge dos Santos, Fernando Santos e Pedro Baião
Apoio na Divulgação – Câmara Municipal do Barreiro
Produção – TEB 2010
A Oficina de Teatro Mário Pereira encontra-se na Rua Conselheiro Joaquim António de Aguiar, 337, Barreiro (junto ao Restaurante “A Transmontana”). Informações e reservas: 21 207 4685 / 91 942 7088.
Recorde-se que o Mês do teatro se prolonga pelos próximos dias com inúmeras actividades. Toda a programação no Sítio Oficial ida CMB na Internet, no link http://www.cm-barreiro.pt/NR/rdonlyres/DFE3A1DD-471B-4E0F-B53F-2F6F21E892D8/62599/ProgramaMESTEATRO2011.pdf.
CMB 2011-03-24
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