A ESPIRAL FINANCEIRA

A ESPIRAL FINANCEIRA

Nos últimos dias muito se tem falado dos downgrades dos ratings, do aumento dos juros da dívida, das preocupações internacionais, das preocupações dos Banqueiros Portugueses, etc

Estamos de facto enleados neste paradigma dos Mercados e daí não estamos a conseguir sair enquanto não enveredarmos por políticas de produção e desenvolvimento económico.

Veja-se o caso do Brasil, que de forma inteligente saiu de uma crise e é hoje uma potência económica emergente a nível mundial, tendo conseguido esse objectivo afastando as sombras dos mercados e dos capitais financeiros, enveredando antes por políticas de desenvolvimento da produção e da economia baseadas em nacionalizações e no combate à pobreza e exclusão social (hoje o Brasil tem menos 30 milhões de pobres do que há 10 anos). Este exemplo é um só exemplo de que é possível ter esperança no futuro e que existem alternativas à crise que nos impoem.

É incrível que a mesma Banca, que foi quem mais lucrou com a crise, há dois meses defendesse a não entrada do FMI no País e agora defenda exactamente o contrário.

A mesma banca que através das suas marionetas políticas (PS, PSD e CDS) instrumentaliza o Estado e a Sociedade em prol do seu lucro, e agora vem falar em governos de “Unidade Nacional” (com os três Partidos do Capital por certo).

Esta espiral financeira pode ter um fim, e esse fim só se concretizará com políticas de desenvolvimento e medidas como as propostas pelo PCP e os seus aliados da Esquerda.

Nuno Miguel Ferreira

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