A USURPAÇÃO DO PODER
Quando os representantes da classe burguesa ou milionária tomam o poder político e dominam todos os órgãos do Estado sem eleições para os orgãos administrativos, transforma numa ditadura juridica, politica, económica e social a governação do País.
O Estado é a organização (ou empresa pública) que gere o País no seu todo, (com todos os seus órgãos, governo e as diversas instituições e serviços públicos) que é composto pelo seu território, os seus bens e o seu Povo. Sendo a totalidade dos seus cidadãos os verdadeiros “donos” ou “proprietários” do Estado.
Quando uma parcela de cidadãos que utilisam empresas privadas para conseguirem beneficios lucrativos abismais, retirados dessas empresas, distribuindo apenas uma pequena parte aos cidadãos que produziram os bens que deram origem à totalidade dos beneficios, e ainda retirando ao Povo a possibilidade de substituir os gestores ( ou governos) do seu Estado, estão a usurpar, apenas para esse grupo, os bens do Pais que são de todo o Povo. As empresas privadas ou públicas não são cidadãos, são meios utilizados pelos cidadãos, em privado ou pelo Estado para que, de forma organizada, os cidadãos produzam mais bens para distribuir por todo o Povo.
Quando os governos (ou gestores) apoiados por uma parcela de cidadãos, eleitos ou nomeados para a Assembleia da República, se desviam daquele dever civico e optam por beneficiar apenas o seu grupo de cidadãos em prejuizo da maioria, estão a usurpar os beneficios e direitos de propriedade ao Povo, transformando-se em representantes e executantes de uma Ditadura dos detentores do capital financeiro privado.
Neste século XXI o Povo, todos os cidadãos, não devem tolerar que isso volte a acontecer, como aconteceu em Portugal no século XX, de 1926 a 1974. Sò tendo o seu fim com a Revolução Democrática de 25 de Abril de 1974, quando o MFA com apoio do Povo e dos partidos que lutaram contra as guerras coloniais e contra a ditadura, devolveram novamente o poder e a liberdade política ao POVO.
Viva a Constituição da República Portuguesa
Faustino Dionísio Reis – 16/11/2025