A operação dos catamarãs da Soflusa revelou um antigo pontão histórico, outrora oculto sob a areia. Este pontão, testemunha do passado do Barreiro, remonta a 1858, época em que os comboios para Alentejo iniciaram a sua jornada. Naquele tempo, os passageiros que chegavam de Lisboa, desembarcando dos vapores, neste pontão, tinham de percorrer o trajeto do Bico do Mexilhoeiro até à estação ferroviária, atuais oficinas da CP, utilizando carroças ou burros.

As consequências da remoção da areia são devastadoras, no Bico do Mexilhoeiro as barracas viradas a norte já desapareceram.

Em Alburrica as antigas casas entre os moinhos nascente e poente tambem já desapareceram, e a estrutura dos moinhos de vento estão a ser minadas pela agua, especialmente o Moinho Nascente que se encontras mais em perigo.

A areia e as cascas de ostras, que outrora cimentavam a costa, eram a proteção natural contra a erosão. A sua remoção pelos catamarãs expôs a fragilidade da costa, agravando a situação.

Possíveis Soluções, a implementação de medidas de proteção costeira, como mais uma vez a recarga de areia e a construção de estruturas de proteção, pode ser necessária para estabilizar a costa. A regulação do tráfego marítimo, incluindo a velocidade e o tipo de embarcações, pode ajudar a reduzir o impacto na erosão costeira. A colaboração com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) é importante para encontrar soluções a longo prazo.

A questão que se impõe é: quem irá assumir a responsabilidade por esta catástrofe? A Câmara Municipal do Barreiro (CMB), a Soflusa ou o Porto de Lisboa? A ação urgente é necessária para proteger o património histórico e natural do Barreiro.