No final do século XVIII, o Barreiro era uma pequena povoação de características ribeirinhas. O modesto núcleo habitacional não excedia 600 fogos ou 2500 habitantes. A população era constituída essencialmente por pescadores, moleiros e pequenos artífices.
Criada a freguesia em 12 de Fevereiro de 1487 – logo passou a Vila em 1521 – longe ficaram as origens de um lugar, denominado Quinta do Barreiro. Pequeno município da Margem Sul do Tejo, o termo do Barreiro era limitado, quase exclusivamente, ao seu perímetro urbano, cujo alfoz pouco passava de uma légua. Partia a Sul com o Convento da Verderena; a Nascente com terras de Santa Bárbara e o «Chexalinho», a Norte e Poente com o Tejo e o Coina.
Da povoação saíam azinhagas e caminhos rurais, que conduziam a terras de cultivo e aos baldios do concelho. A propriedade encontrava-se estruturada em pequenas courelas, onde predominavam os vinhedos, notando-se a ausência de grandes casas fundiárias.
As fainas do mar – pesca e exploração de sal – assinalam-se desde a Baixa Idade Média, mas assumem maior relevância, a partir do século XV, a moagem, a construção naval e os mesteres gerados pela Expansão marítima….
Texto: In Livro de Rosalina Carmona – Barreiro O lugar e a História Séculos XIV a XVIII

