“Barreiro, 1920 – Diário de José António Marques”

“Barreiro, 1920 – Diário de José António Marques”

Capa_livro Jose Antonio MarquesObra com contributos históricos de relevo lançada a 12 de setembro, no Bar da SIRB “Os Penicheiros”

“Barreiro, 1920 – Diário de José António Marques” é o título do livro que a Câmara Municipal do Barreiro (CMB), e as juntas de Freguesia do Barreiro e Santo André vão lançar, pelas 21h30 de quinta-feira, 12 de setembro, em sessão a realizar no Bar da SIRB “Os Penicheiros”. O evento contará com a presença do Diretor-Geral do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Silvestre Lacerda.

A obra, com 222 páginas, é composta por duas partes. A segunda será uma transcrição do diário relativo ao ano de 1920 – deste barreirense amante da escrita e do colecionismo, que, em vida, doou à CMB o seu vasto espólio. Após a sua morte, os diários pormenorizados do seu quotidiano e da Cidade foram, igualmente, doados pela família. Trata-se, portanto, de um testemunho pessoal de grande relevo histórico. A primeira parte do livro – interpretação e enquadramento histórico – é assinada pela Técnica Superior do Arquivo Municipal da CMB, Rosalina Carmona.

Tendo em conta o seu contributo para a História, os Arquivos Nacionais da Torre do Tombo disponibilizaram-se para digitalizar todos os diários manuscritos de José António Marques – processo, nesta altura, a decorrer.

A Sociedade de Instrução e Recreio Barreirense “Os Penicheiros” encontra-se na Rua Almirante Reis, nº 66, Freguesia do Barreiro.

Esta sessão tem entrada livre.

Biografia

José António Marques nasceu no dia 1º de Maio de 1900 na freguesia de Santa Cruz, no Barreiro. Foi durante toda a sua vida profissional ferroviário nas Oficinas Gerais do Caminho-de-ferro no Barreiro, até à sua reforma em 1960. Faleceu em 8 de fevereiro de 1993.

Os Diários, que José António Marques ia anotando em agendas de bolso que mais tarde passava a limpo, são autênticas crónicas do quotidiano barreirense no período mencionado e aludem a acontecimentos ocorridos no Barreiro, mas alguns dos quais tiveram impactos ao nível nacional. Destes destacam-se, por exemplo, as greves ferroviárias no Sul e Sueste durante a Iª República; as movimentações que conduziram ao golpe militar de 28 de maio de 1926; episódios da resistência à ditadura fascista, como os acontecimentos de 18 de janeiro de 1934 e 8 de fevereiro de 1935 e as greves e manifestações de 1943; entre outros assuntos.

Resumo da obra

Edição de uma publicação com o primeiro volume dos diários manuscritos de José António Marques (JAM), no ano de 1920, existente no Arquivo Municipal.

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O livro

Porquê o ano de 1920

É o ano de início dos registos sistemáticos e diários de José António Marques. É a partir de 1920 que JAM começa a anotar os seus Registos, com a regularidade diária com que o fará durante todo o resto da sua vida; embora tenha assinalado acontecimentos anteriores a esta data. José António tinha então 20 anos.

A importância dos diários como fonte histórica

Os diários de José António Marques constituem fontes primárias relevantes, para o estudo do quotidiano da comunidade barreirense em geral, dos ferroviários em particular e para o conhecimento das suas vivências e problemáticas, numa constante dialética com os acontecimentos do quotidiano português de 1920.

Neste contexto, a publicação do Registo dos Factos mais notáveis nos anos 1918 a 1920 de José António Marques, constitui caso único, porque totalmente inédito, no panorama dos estudos relativos ao mundo do trabalho em Portugal. No contexto europeu conhecem-se apenas alguns, raros, exemplos deste tipo de crónicas escritas por operários. Daí a importância da sua publicação e divulgação.

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Fonte: CMB/Rosalina Carmona

 CMB 2013-09-09

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