O Roteiro das Freguesias, no Lavradio, começou ontem, 27 de Setembro com uma visita pelos estabelecimentos comerciais da freguesia. Carlos Humberto de Carvalho, Presidente da Câmara Municipal do Barreiro (CMB), Adolfo Lopo, Presidente da Junta de Freguesia e Mónica Duarte e Carlos Moreira, vereadores com responsabilidades municipais ao nível da cultura, juventude e comunicação, bem como nas áreas da administração geral e patrimonial e descentralização para as freguesias, respectivamente, visitaram comerciantes estabelecidos na Avenida J.J. Fernandes.
Durante a conversa informal os eleitos quiseram saber como ia o negócio e informaram que estariam durante uma semana a inteirar-se sobre as questões da freguesia. Aproveitaram, igualmente, para divulgar que nessa noite iria realizar-se uma reunião com empresários.
Desta forma, pelas 21h00, o Grupo Sport Chinquilho União 9 de Abril Lavradiense, acolheu cerca de duas dezenas de comerciantes para discutir questões de ‘segurança’ e falta de ‘iluminação pública’ em várias artérias da freguesia.
A tomada de posição da população teve início com um abaixo-assinado, com mais de 1500 assinaturas, contra o encerramento da esquadra da PSP no Lavradio. O documento não surtiu o efeito desejado e a sensação de insegurança, tem vindo a aumentar.
Desta forma, o que os empresários pretendiam saber era o que poderia ser feito para resolver esta situação que dizem, de manifesta insuficiência de policiamento nas ruas da freguesia.
Adolfo Lopo informou a plateia de que já deu conhecimento desta situação ao actual responsável pela divisão do Barreiro, mas disse também já ter sido informado quenunca antes de Outubro será possível virem mais agentes para a região de Setúbal, pois neste momento ainda estão a terminar o curso.
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Outro dos problemas existentes e complicados, disse o Presidente da Junta, é o facto de “muito raramente as pessoas se queixarem. Assim, o número de queixas formais e registadas na Polícia não corresponde ao número de assaltos que têm ocorrido. Perante este quadro eu diria mesmo que não há problemas de segurança no Lavradio”.
Para Carlos Humberto de Carvalho, Presidente da CMB “há, de forma generalizada no Concelho, um sentimento de insegurança. Mas ainda não há um problema generalizado de insegurança no Concelho”, ou seja, é verdade que o País atravessa momentos mais propícios ao surgimento destas situações mas, mais importante do que procurar explicações, é resolver os problemas.
Neste sentido, o Autarca afirmou que a Câmara pode sensibilizar, pode conversar com a Polícia de Segurança Pública e pode tentar resolver as questões da fraca iluminação em algumas ruas da freguesia.
Assim, ficou acordado que a Câmara Municipal do Barreiro vai solicitar uma reunião ao Comando da PSP e, em simultâneo os comerciantes, enquanto comissão, vão fazer o mesmo.
“Posteriormente” disse Carlos Humberto de Carvalho, “voltamos a reunir para analisar se aquilo que nos disseram serve ou não os nossos interesses. Certo é que não podemos desistir, na procura de resolução de problemas concretos”, concluiu o Autarca.
Ainda sobre o tópico ‘segurança’ e antes de passar a outras questões, o Presidente do Município chamou a atenção para a existência do Conselho Municipal de Segurança que pode, igualmente, ser convocado para debater esta problemática. Ainda assim, concluiu, “a minha opinião é que quando as populações se organizam, têm mais força do que as câmaras municipais.”
No decorrer deste encontro com os empresários da freguesia, foram abordados vários aspectos relacionados com a situação, menos favorável, que os estabelecimentos comerciais atravessam e, foi consensual o facto de que a melhor ‘arma’ para combater a crise é a imaginação.
“Há grandes pólos de atracção no Lavradio que estão a desaparecer e isso é mau para o negócio de todos”. Assim sendo, outra das propostas que saiu desta reunião consiste em tentarem ‘organizar-se’ e pensarem em formas para dinamizar os respectivos negócios.
“Criarmos pontos de interesses para as pessoas” disse a título de resumo Adolfo Lopo que acrescentou que “a receptividade e alguma colaboração que os vendedores do Mercado Municipal têm tido em relação às iniciativas dos alunos das escolas (exposições por exemplo), têm resultado muito bem e isso tende a melhorar os respectivos negócios. Se todas as partes participarem, se tudo estiver integrado, as coisas resultam”, assegurou
Para concluir a reunião, Carlos Humberto de Carvalho sintetizou e reiterou a sua disponibilidade para cooperar, enquanto Autarca “com a consciência de que estas coisas têm muitas envolvências e têm uma multiplicidade de razões, mas a dificuldade não nos deve afastar de encontrar as soluções, antes pelo contrário. Considero ainda que esta fase final da reunião foi muito interessante. Acredito que só com a junção destas forças e destas vontades é possível criar coisas, e é este o caminho, não há volta a dar. Com base nos grupos de trabalho é possível avançar, passo a passo, pois o caminho faz-se caminhando.
CMB 2011-09-28
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