“MANIFESTO EM DEFESA DA CULTURA” na Assembleia Municipal Barreiro

“MANIFESTO EM DEFESA DA CULTURA” na Assembleia Municipal Barreiro

Na reunião da Assembleia Municipal do Barreiro, realizada em 4 de Outubro de 2012, no período de intervenção do Público, Armindo Fernandes, em representação do “Núcleo do Barreiro de apoio ao MANIFESTO EM DEFESA DA CULTURA”, sublinhou na sua intervenção “O país não tem Ministério da CULTURA pela importância que para eles (governo) isso significa, mas um governo não é uma nação…. CULTURA é um somatório de valores, costumes e tradições, a CRIAÇÂO, admiração e divulgação cultural são os alicerces da formação identitária e coesão social de uma sociedade que se quer mais livre onde o SER é também PERTENCER. Ora o SABER E A CULTURA, são o obstáculo maior à arrogância dos poderes eivados de autoritarismo, disfarçado…..”

Senhor Presidente, senhores e senhoras vereadoras, demais representantes autárquicos e público presente :

O tema que aqui me traz é do interesse de todos, independentemente da camisola que vestem.

Representando um movimento de cidadãos que em todo o país se tem manifestado, cujos princípios estão consignados no “MANIFESTO EM DEFESA DA CULTURA”, de que vos deixo um exemplar,  ao qual os cidadãos do Barreiro não ficaram indiferentes  e sentiram convictamente a vontade de o apoiar e participar ativamente.

As iniciativas consignadas no MANIFESTO têm como objeto:

Denunciar a situação de catástrofe, social, cultural e civilizacional que as políticas de austeridade do Governo e da Troika estão a provocar;

Afirmar na rua a exigência de mais investimento na cultura, da nossa meta imediata de 1% do Orçamento do Estado para a Cultura, tendo como objectivo a atingir gradualmente, 1% do PIB para a Cultura;

Exigir o cumprimento da Constituição da República no que toca às garantias pelo Estado de um serviço público de cultura e do livre acesso à criação e fruição culturais.

Sendo que a CULTURA é um somatório de valores, costumes e tradições, a CRIAÇÂO, admiração e divulgação cultural são os alicerces da formação identitária e coesão social de uma sociedade que se quer mais livre onde o SER é também PERTENCER.

Ora o SABER E A CULTURA, são o obstáculo maior à arrogância dos poderes eivados de autoritarismo bacoco, disfarçado, mas sempre à espera de uma oportunidade que, normalmente, lhe é proporcionada por crises geradas pelo poder financeiro.

O país não tem Ministério da CULTURA  pela importância que para eles (governo) isso significa, mas um governo não é uma nação, por isso aos eleitos pela população deste concelho a quem compete, naturalmente, a defesa dos interesses dos munícipes, pugnar pela defesa da cultura é um dever, nas suas diversas vertentes , do património material e imaterial, das tradições populares, tal como apoiar a criação artística. Face ao que nos é dado a entender, das ameaças ao FUTURO, exige-se uma tomada de posição face a atual situação da CULTURA, mas também contra todos os tipos de austeridade que ameaçam os direitos das populações, visando a mercantilização e consequente elitização da CULTURA.

Por isso O Manifesto em defesa da Cultura apela a todos os cidadãos, trabalhadores da cultura e das artes, a todas as estruturas de criação e produção culturais que partilham e lutam por estes objetivos, que se juntem a nós nesta luta, participando nas suas diversas iniciativas locais.

PELA PLENA IGUALDADE DE DIREITOS E DEVERES, NUMA SOCIEDADE MAIS LIVRE E JUSTA.

BEM HAJA

“Núcleo do Barreiro de apoio ao MANIFESTO EM DEFESA DA CULTURA”,

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