Este conceito nasce da sugestão de um cidadão, para que militares de Abril disponíveis para esta acção, a promovessem.
Ouvida a sugestão, pensou-se em organizar um programa que durasse toda a noite de 24 de Abril: uma longa, silenciosa, fria e escura noite, como nenhuma fora antes, para muitos.
Por motivos de segurança e legais, não foi possível organizar um evento nocturno tão completo, de cariz genuinamente popular, e tendo como objectivo principal a vivência daquela outra: a sua história, a sua dor, e a alegria da vitória na alvorada do dia 25. Mas também o sentir e o viver, hoje, da realidade deste nosso Portugal, e pensar no Futuro, física e simbolicamente.
Assim, queremos realizar todos estes desígnios da forma possível, e a todos convidamos a partilhar esta celebração.
PROGRAMA
1. 24 de Abril 2013
22:00h – Concentração junto ao antigo Quartel General do Governo Militar de Lisboa, (Largo S. Sebastião da Pedreira), por ter sido um dos primeiros objectivos militares conquistados pelo MFA em Lisboa.
22:55h – Intervenção sinalizando o exacto momento da tomada da 1ª unidade pelo MFA, a Escola Prática de Artilharia, em Vendas Novas, à ordem da senha “E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho. Segue-se a referência às várias conquistas de Abril.
23:20h – A palavra é dada aos participantes para, de viva voz, expressarem os seus sentimentos, exigências e disponibilidades para o futuro.
23:50h – Leitura e votação de um vigoroso protesto contra a DESTRUIÇÃO DA DEMOCRACIA, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA E, ASSIM, DE PORTUGAL
00:00h – Entoação de Grândola Vila Morena e do Hino Nacional.
0h:05h – Fim deste encontro, que se reinicia às 7:00 h de 25 de Abril no Terreiro do Povo (Praça do Comércio).
A partir daqui, quem quiser pode deslocar-se até à Radio Renascença (Rua Capelo, Metro Baixa-Chiado) e juntar-se aos elementos da Associação 25 de Abril que, pelas 00:20h, vão entoar Grândola Vila Morena.
Aproveitando a localização, há alguns lugares históricos a revisitar, como o Carmo e a sede da PIDE, podendo acabar desfrutando a viva noite do Bairro Alto.
2. 25 de Abril 2013
7:00h – Terreiro do Paço junto à estátua. Início do encontro para, ao vivo e num novo dia, se sentir o fim da longa e fria noite de 24 de Abril. Esta é o símbolo da ainda mais longa, fria e dolorosa noite de trevas de todo o fascismo e os seus milhares de mortos: militares e civis nas revoltas contra o regime e nas suas guerras injustas.
7:30h – Evocação sob a forma de estórias, na tradição oral, das duas linhas que marcaram o encontro na Praça do Comércio: uma, poderosa mas sem alma, materializada pelo carros de combate do regime e uma fragata no Tejo que, mandada “pairar” à frente do Terreiro do Paço, por ordem do Vice-Chefe do Estado Maior da Armada ( Hora da Liberdade) nunca tomou qualquer atitude hostil contra as forças do MFA ,por corajosa e decidida determinação da estrutura do MFA no seu interior, e outra, heróica e cheia de alma, definida pelas Forças da Escola Prática de Cavalaria, postadas no Terreiro do Paço, e as de artilharia em posição no Cristo-Rei. Atrás desta linha estava todo o Portugal e os que lutavam contra o império colonial.
Estas duas linhas cruzam-se sobre o Terreiro do Povo, onde a coragem indómita dos homens de Abril venceram a Besta Fascista.
Homens, como Salgueiro Maia, Tenente Assunção e Alferes Sottomaior,e outros deram um contributo pessoal único.
8:00h – Junto ao Cais das Colunas, leitura de um poema “Filhos de Portugal”, de Solange de Oliveira.
Lançamento ao Rio de alguns cravos, símbolo de algum crepúsculo de Abril, na certeza de que as tágides do Tejo e as Forças da Natureza nos ajudarão a reverter o actual assombramento; e do libelo contra os que nos condenam.
Selamos assim, com esta Terra e este Tejo, o compromisso de nos batermos até ao fim dos nossos dias pela Democracia e a Independência de Portugal.
8:20h – Fim desta cerimónia.
9:00h – Deslocação até à Assembleia da República para, das Galerias, assistir à cerimónia.
Tarde 25 Abril – Apela-se à participação no movimento da Av. da Liberdade.
ASSIM SE CUMPRIRÁ UM PROGRAMA DE ORGULHO E HONRA, QUE MUITO DIGNIFICARÁ ABRIL E PORTUGAL.
Apoiantes:
Militares de Abril:
Andrade da Silva
Dinis de Almeida
Francisco Baptista
Heitor Sequeira Alves
Henrique Mendonça
José António Rosado
Manuel Custódio
Matos Serra
Paulo Telheiro
Silveira Pinheiro
Vítor Lambert
Outros Cidadãos:
Alexandra Luiz
Ana Rodrigues
Eduardo Milheiro
Jaime Luiz Basilio de Almeida
Jerónimo Sardinha
João Vantacich
Jorge Correia
José Manuel Sande Vasconcelos
Lidia Simões
Maria Emilia Tavares
Maria Joaquina Babau
Mariana Valente (a)
Nuno Melo
Ruth Moreira
Suzel Patrão
(a). A autora do cartaz: Mariana Valente, uma artista do tamanho do Mundo, Uma portuguesa do Alentejo; de uma nobreza ímpar, poeta e pintora, mas sobretudo MULHER, SOL E LUA, na grandiosa abobada celeste Alentejana. O nosso grande reconhecimento.
Notas:
Os participantes devem trazer bandeiras nacionais, cravos, outros símbolos de Abril, cartazes de acordo com a imaginação de cada um.
Para o programa noturno, será interessante ter pequenas lanternas, símbolo da luminosidade que cada um de nós transporta.
Fonte bibliográfica: Joana Pontes, Rodrigo Sousa e Castro, Aniceto Afonso ” A HORA DA LIBERDADE. O 25 de ABRIL,PELOS PROTAGONISTAS” editora Bizancio,lx 2012.
Nos vários locais para além dos cidadãos portugueses livres que falarão,livremente, alguns dos protagonistas deste dias contarão as estórias da História.
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