No passado dia 24 de Abril, no Largo de São Sebastião da Pedreira em Lisboa, mais de uma centena de pessoas aprovaram a moção que anexamos. A moção foi enviada ao Presidente da República, ao Primeiro Ministro, à Presidente da Assembleia da República, à Procuradora Geral da República, ao Presidente do Tribunal Constitucional e ao Provedor de Justiça.
A aprovação desta moção estava inserida no projecto “VIVER ABRIL, HOJE” de cujo programa vos tínhamos dado, atempadamente, conhecimento.
Face à adesão popular que se continua a verificar, os promotores decidiram continuá-lo, agora na versão: “VIVER ABRIL, HOJE e CONSTRUIR O FUTURO”, considerando a Lusofonia, a Diáspora Portuguesa, o Universalismo Português e o 25 de Abril, através da evocação histórica, social,cultural, artística, política, e da cidadania de acção para a mudança, e com um conjunto de projectos que baseado no conceito de inter-pares, projecto aberto, com redes virtuais e reais, recusando o medo e a submissão, e confirmando, como recurso maior para a sua execução a auto-motivação, auto-recompensa e o bem estar espiritual pela pertença ao grupo.
MOÇÃO
Nós, Portugueses aqui presentes, erguemos as nossas vozes contra a destruição das conquistas de Abril, contra todos os que desrespeitam e subvertem a Constituição da República, nos desgovernam e, impiedosamente, executam políticas ao serviço de complexos, obscuros, desumanos e mesmo criminosos interesses financeiros mundiais.
Contra tal tirania e o servilismo de sucessivos governos nos erguemos, pois se é correcto ter as contas do Estado certas, os acertos devem ser feitos onde o desacerto é total.
A corrupção tem que ser efectivamente combatida. Os vencimentos e pensões milionárias imorais e a evasão fiscal têm que acabar, e os crimes económicos e de corrupção eficazmente julgados e condenados, terminando com a impunidade dos poderosos que corrói todo o edifício do Estado de Direito e a Democracia.
É imperativo, ético e nacional lutar com coragem, com todas as forças, sacrifícios e patriotismo, contra o Ultimato em forma de Memorando, com que a União Europeia e o FMI nos espezinham, escravizam e ofendem a nossa dignidade nacional, quando nos colocam sob a governação de uma Troika de funcionários, a quem o Governo Português presta vassalagem, em troca de um escarro financeiro.
Os presentes reclamam uma governação patriótica que defenda Portugal e os interesses do seu Povo, que não aniquile a economia real, provocando desemprego, fome, suicídio, a emigração desesperada dos jovens imposta por desígnios criminosos e morte, que não ponha gerações contra gerações, que proteja os idosos.
Que não destrua o Estado Social, conquista do 25 de Abril, consagrada na Constituição, a Escola Pública, o Serviço Nacional de Saúde, o Direito ao Trabalho, o Direito à Maternidade, o Direito à Habitação.
O dramático empobrecimento de Portugal que um Governo teimosa e doentiamente violador da Constituição da República promove, tem de terminar e de novo ser dada a palavra ao Povo.
Só através de uma participação cidadã e activa da comunidade nacional, encontraremos novo rumo de Governação e política que restitua a Soberania a Portugal e a Dignidade cidadã ao Povo.
Portugal não pode continuar na rota dos laboratórios internacionais do FMI, União Europeia e outras potências, que enriquecem à custa do empobrecimento dos povos.
Viva o 25 de Abril!
Viva o fortalecimento da participação cidadã na vida pública!
Viva o Aprofundamento da Democracia!
Viva Portugal!
Promotores:
Andrade da Silva, coronel do exército, na situação oficial de reforma
Henrique Mendonça capitão- mar – guerra, na situação oficial de reforma
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