O País encontra-se “suspenso” com o anúncio da moção de censura por parte do Bloco de Esquerda para o próximo dia 10 de Março. É esta a notícia do momento com que se iniciam os telejornais. Ora o que também nos é vendido pelos telejornais através da “arte” das sondagens é que se sair o PS do governo vai para lá o PSD, e em situação contrária o mesmo acontecerá. Este vicio instaurado da inevitabilidade da alternância está instituido, assim como está sempre a ser vendido pelos comentadores e pelo status quo que domina a comunicação social é esta fatalidade de termos de ser ser governados para todo o sempre pelas políticas de direita de PS, CDS-PP e PSD.
As últimas eleições presidenciais demonstraram o contrário, que não é inevitável que assim seja, visto 50% dos eleitores não terem votado e do total dos eleitores que votaram apenas 25% ter escolhido o candidato que defendia claramente este estado de coisas, isto é, Cavaco Silva. Existe portanto um vasto campo de actuação e consciencialização para que se rompa com este estado de coisas que nos governa há mais de 30 anos. Existem condições de captar portugueses para uma verdadeira alternativa de esquerda a estas políticas, alternativa essa que é protagonizada fundamentalmente pelo PCP e os seus aliados na CDU.
Existe um capital enorme de descontentamento em Portugal, o problema é que tem sido canalizado para a abstenção e para o voto de protesto inconsequente. Há muito trabalho portanto a desenvolver pelas forças progressistas da Esquerda Portuguesa para de uma vez por todas terminar com estas políticas e este “Estado Pescadinha de Rabo na Boca”, assim se vença a indiferença, o preconceito e nos locais de trabalho, nas ruas, junto das populações se faça sentir que Sim que é Possivel uma nova Política e uma verdadeira alternativa de progresso para Portugal. E essa Luta, a do convencimento, da vitória sobre o preconceito e da vitória sobre as inevitabilidades está presente na nossa acção política do dia a dia, dando sempre passos ,mesmo que pequenos, a caminho de uma vitória que é possível.
Nuno Miguel Ferreira
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