O Varino Pestarola já se encontra a navegar. As marcações para a embarcação tradicional, propriedade do Município, podem ser efetuadas no Posto de Turismo do Barreiro, Mercado 1º de Maio, de terça-feira a sábado, das 9h30 às 13h00 e das 14h30 às 18h00. Telefone: 21 099 0837. Encerrado aos domingos e segundas-feiras.
As tarifas estabelecidas para 2014 encontram-se publicadas no Sítio Oficial da Câmara Municipal do Barreiro na Internet, página http://www.cm-barreiro.pt/pt/conteudos/municipio/turismo/Varino+Pestarola/VISITAS+VARINO+PESTAROLA+TARIFAS2013.htm.
«As povoações ribeirinhas que constituem o Concelho do Barreiro desenvolveram-se e progrediram através da sua forte ligação com o Rio Tejo e Lisboa. Em toda a região do estuário do Tejo surgiram e evoluíram, desde a Idade Média, embarcações que procuraram responder às necessidades de transporte de pessoas e mercadorias dos quais se destacaram entre outras: o barco dos moios (transporte de sal), o bote de pinho (transporte de lenha), a muleta (pesca); a fragata, o batel, a falua e a canoa.
A partir da segunda metade do séc. XIX surge o varino, embarcação essencial de carga. Enverga um pano triangular latino num só mastro, e à proa uma pequena vela. Assegurava a circulação de bens (carvão, areia, cortiça, madeira, cereais, etc.) em toda a zona estuarina.
Semelhante à fragata, distingue-se desta pela roda da proa bastante pronunciada, o fundo liso e sem quilha, o que lhe possibilitava navegar em águas pouco profundas.
Embarcação leve e airosa, apresenta uma decoração muito exuberante e de raiz popular. A proa é constituída geralmente, por um painel de cores garridas, em que contrastam o amarelo, o azul, o branco ou vermelho, sobre um fundo negro. Destacam-se os grandes ramalhetes e cercaduras de flores, onde sobressai a denominação da embarcação, executada com esmero. O seu interior é igualmente decorado, à volta da amurada, na escotilha do porão ou nas molduras e bandeiras das portas.
A origem do varino Pestarola ainda hoje é uma incógnita. No início dos anos 30 encontrava-se em Alhandra, nos mouchões do Tejo, com a designação de Camponês, possivelmente ao serviço da Companhia das Lezírias. Em 1946 é adquirido pelos Armazéns José Luís da Costa, sociedade de armadores e secagem de bacalhau, instalados em Palhais, para realizar o transbordo do pescado para a fábrica.
Em 1999, a Câmara Municipal do Barreiro adquire o varino Pestarola com vista à salvaguarda e preservação do património cultural e ambiental. Assim, a recuperação e o restauro desta embarcação tradicional do Tejo, integra-se nas políticas da Autarquia em resgatar antigos saberes artesanais, ligados à construção naval em madeira, e em transmitir técnicas tradicionais de navegação à vela.
Ao longo do ano e sempre que as condições climatéricas o permitam, realizam-se viagens ao longo da orla marítima do Barreiro, com diferentes públicos, mas com especial destaque para o público escolar.»
+INFO: http://www.cm-barreiro.pt/pt/conteudos/municipio/turismo/Varino+Pestarola/.
CMB 2014-05-23
You must be logged in to post a comment Login