“ A memória é o perfume da alma” “George Sand”
- Razão do MCSPFB
O Movimento Cívico de Salvaguarda do Património Ferroviário do Barreiro, foi criado em Junho de 2012, por um grupo de cidadãos preocupados com estado de abandono a que o referido património está votado e como forma de congregar vontades e contribuir de modo activo para a preservação do essencial da memória ferroviária do Barreiro.
- A recuperação do espaço L / Actividades
Nesta perspectiva e em colaboração com outras associações, foi acordado um protocolo com a REFER, proprietária do imóvel, para a recuperação e preservação patrimonial da antiga Estação do Lavradio e o Armazém adjacente (cais coberto).
Sempre com trabalho voluntario foi feita a recuperação construtiva de uma parte significativa dos edifícios, que vai continuar, e foram desenvolvidas varias actividades culturais nos espaços recuperados; colóquios, exposições convívios e visitas, mostras de cinema.
Registamos com agrado que a Associação Desenvolvimento de Arte e Ofícios seguindo o nosso princípio associativo, esteja a recuperar o antigo edifício dos Bombeiros do Sul e Sueste.
- Propostas de Classificação do Património Ferroviário
Em Abril de 2013 foi apresentado à DGPC Direcção Geral do Património Cultural (ex- IGESPAR), um processo normalizado solicitando a classificação numa das três hipóteses; Património Local, Regional e Nacional, dos seguintes conjuntos edificados;
– Estação Ferro-Fluvial, de Miguel Paes (1884)
– Oficinas Ferroviárias (Primitiva Estação) (1859)
– Rotunda da Máquinas (Anos 30 século XX)
– Bairro ferroviário (Anos 30 do século XX
Solicitada Informação oficial, foi-nos esclarecido que o processo se encontra a recolher parecer da Câmara Municipal do Barreiro pelo que aguardamos com interesse o desenvolvimento positivo desta ponderosa acção, tendo em vista a salvaguarda da memória essencial do excepcional “mundo ferroviário na nossa terra.”
- O Bairro Ferroviário
Tendo o MCSPFB tomado posição contra o abandono e a perspectiva de destruição do Bairro Ferroviário (Palacio do Coimbra), cuja área a CP pôs à venda, registamos com satisfação que a referida companhia recuou e aceitou negociar com os ocupantes (ex e actuais ferroviarios), a recuperação e manutenção das habitações tradicionais. Trata-se sem dúvida de um bom resultado para os moradores organizados e para o Movimento Cívico que luta pela preservação do património.
- Grupo de Trabalho do Ministério da Economia, Que futuro?
Funcionou com força oficial e sob a tutela do Ministério da Economia, um grupo de trabalho que tinha como objecto o estudo do património ferroviário do Barreiro, tendo em vista encontrar caminhos e soluções para o seu futuro.
Tendo sido já alcançado o prazo previsto para a apresentação das conclusões e não tendo tal sido tornado público, expressamos uma vez mais a nossa preocupação em relação ao futuro desse património (e sobretudo em relação ao presente em degradação), reafirmando a nossa vontade de colaborar/participar, em tal desiderato.
Estamos convictos de que sem a participação popular e associativa incluindo de ex e actuais ferroviários esse futuro será mais difícil de salvaguardar.
Barreiro, Novembro de 2014
Movimento Cívico de Salvaguarda do Património Ferroviário do Barreiro
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