Aproveitando a onda de crise que criaram e o combate ao endividamento público por via do Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC), imposto pela Alemanha e por Bruxelas, o Governo do Partido Socialista e o PSD voltaram as baterias para o Sector Empresarial do Estado, colocando as Empresas Públicas de Transportes como alvo a abater.
No Metropolitano de Lisboa, querem reduzir a circulação de composições; a Transtejo retirou um dos barcos na ligação Seixal-Cais do Sodré.
A CP, no seguimento da ameaça do Governo de privatização das linhas suburbanas da região de Lisboa e do Porto, deliberou entregar o estudo à CP-Serviços com vista a uma futura privatização.
Para os utentes, tudo isto vai significar um aumento brutal de custos com os possíveis operadores privados, como é o caso da Fertágus, a cobrar o dobro nos títulos de transporte do praticado actualmente pela CP.
Para o Estado a privatização significará um aumento brutal de custos, O exemplo da Fertágus, em que somente em 2010 lhe foi atribuído 90 milhões de euros como “compensação e incentivo” é bem elucidativo do que sucederá com a privatização dos transportes.
Para o sector privado, cujo capital é cada vez mais pertença dos grandes grupos económicos, será a cereja no cimo do bolo a compra a preço de saldo, de um património que é de todos nós Portugueses, e que temos o dever de o preservar e impedir que venha a cair na alçada dos monopólios nacionais e estrangeiros.
Num momento, em que a perda do poder de compra é cada vez mais acentuada, devido principalmente à política nefasta do Governo, que tem levado inclusivamente à escalada do aumento dos preços, entre os quais estão o dos combustíveis, leva as populações à necessidade de poderem contar, cada vez mais, com o transporte público como um serviço em melhores condições de servir os utentes e as populações, isento da ganância do lucro como o que existe nas empresas privadas.
Porque são sempre as classes mais desfavorecidas a serem penalizadas com o aumento do custo de vida e o aumento das tarifas dos transportes não foge à regra e pela necessidade da mobilidade de e para os empregos, devemos defender um serviço público condigno e dizer não à privatização do sector dos transportes, o que significa um não ao aumento do preço dos títulos.
Não à entrega da “Linha do Sado” ao sector privado!
Não à Privatização do Sector dos Transportes!
A Comissão de Utentes da Linha do Sado
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