Terá sempre uma história! Não será quando o líder desvairado domina, mas quando o homem consciente da sua missão se entrosar com a Comunidade, o primeiro com o poder pessoal não fará história o outro com a força colectiva marcara a sua época.
Hoje a democracia tutelada não tem argumentos para ordenar a sociedade de forma justa e solidária. Poder que emana da área financeira, capela bancária que tudo comanda.
Medidas draconianas caídas sobre os mais fracos dividem o mundo em paraíso para alguns e inferno para os restantes.
A forma de agir de cada geração determinará se as seguintes viverão num tempo social habitável, solidário e justo, ou terão de enfrentar no dia-a-dia o inferno neoliberal que empobrece os povos, semeia guerras políticas e pilha os recursos materiais dos povos. As forças do mercado, nome excelente para dissipar da vista agiotas que no escuro lideram o planeta, ludibriam as democracias frágeis e governam-se de modo abusivo, acabando com tudo que se oponha à nebulosa ambição que os envolve.
A democracia portuguesa tem argumentos para ordenar a sociedade de forma justa e solidária, contudo quem dela se apoderara nunca tivera esse propósito. O poder exterior ditou a precariedade geral ao país, legando como destino aos portugueses a vida de infame pobreza.
Na Democracia plena devem caber e viver com dignidade todos os homens e mulheres.
A democracia não é propriedade de ninguém mas, é hoje usada e deformada como poder dominante, para justificar em nome de regras preparadas e à sombra da legalidade imporem argumentos falsos. Assim a democracia se torna numa branda ditadura.
A democracia concertada à direita impõe-se por todo mundo e ao dispor de poderes que actuam, ora às claras ditando política ilusória, ou escondida em jogos falsos de bastidores.
A democracia que respira liberdade, igualdade, solidariedade, ficou na gaveta, como em Portugal ficou o socialismo. As democracias manipuladas obedecem ao poder financeiro que a conduz por maus caminhos. Todo o mundo sujeito à democracia tutelada, parente próximo da ditadura, vê a depressão destruir a saúde popular e tornar doente a sociedade.
A história prossegue no caminho que o homem aponta, desaustinado quando a sua imagem se reflecte no vexame do outro, gratificado quando a grandeza se projecta no Povo por inteiro.
Na verdade o homem obteve mudanças substanciais, conseguiu definir em certas circunstâncias a liberdade individual. E fê-lo sobre a forma de rejeição da servidão.
Emergência pelos direitos e liberdades que estão a ser postos em causa de modo perverso.
Os estados manipulados como empresas, obedecem ao dono que comanda a economia da Nação. Os mercados sem rosto tomam a liderança do país e do planeta. As trocas de objectos, a venda de homens e mulheres foram os primeiros mercados, a escravatura de outro tempo, hoje disfarçam-na com sofisticada fórmula, dita, mercado. No futuro previsível o mercado sem princípios éticos dividir-se-á em vários e viverão conforme a casta a que pertencerem. Os pobres passarão a constituir um entre vários outros. Os ricos terão o seu lugar de luxo barricado.
As leis poderão ser contratos entre o mercador que sobrepõe o seu poder ao povo que vagueia à procura da sua vivência temporal.
Exercício premonitório de um futuro que segue a história da humanidade. O grupo humano organizou-se em torno do alimento, da protecção, da língua, de um território, do conforto, de uma filosofia, de uma liderança, e agora da riqueza acumulada.
O grupo dominante no tempo actual utiliza o progresso técnico como propriedade sua, intensificando a guerra para tudo dominar e exerce a exploração no espaço que domina.
O canibalismo de hoje tem forma sofisticada, não come o próximo com os dentes mas, seca-o na fornalha financeira e depois faz dele massa mole.
Deste homem pouca humanidade resta, pelo que a comunidade deve estar mais atenta e ser mais exigente para que o equilíbrio possa tornar o futuro habitável.
A Troika da Europa neoliberal e conservadora impingiu a ditadura financeira à Troika portuguesa que por sua vez a impõe ao povo português. Como pode Sócrates dizer que assinou um bom acordo? Como pode Passos Coelho salvar Portugal das garras da Troika se é ave do mesmo bando?
Combater pelos direitos humanos tem o caminho feito desde o homem de Neandertal ao Homo Sapiens, de luta aberta e não se espere descanso no futuro. A cultura, o saber, a discussão, o debate de ideias e a luta organizada, ferramentas para que a luz da consciência social universal seja a visão futura, conceito que deverá estar presente nos momentos chave da vida colectiva e o mais próximo está no dia 5 de Junho. Libertar Portugal de predadores presentes e de outros que se propõem guiar Portugal para um futuro sem história, será a opção patriótica.
Carlos Alberto ( Carló)
3 Responses to "Por: Carlos Alberto (Carló) – O Futuro tem história?"
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