Jerónimo de Sousa, Almoça com trabalhadores ferroviarios no Barreiro

Jerónimo de Sousa, Almoça com trabalhadores ferroviarios no Barreiro

Derrotar a troika para defender o emprego e os direitos

No dia 5 de Junho, os trabalhadores têm uma opção de fundo: votar nos partidos da troika (PS, PSD ou CDS), votando assim contra os seus próprios interesses, ou reforçar a CDU e dar desta forma mais força a uma alternativa patriótica e de esquerda para Portugal, que respeite e valorize os direitos dos trabalhadores e defenda e potencie o aparelho produtivo nacional. A ideia foi lançada por Jerónimo de Sousa num almoço com dezenas trabalhadores ferroviarios no Barreiro.
O Secretário-geral comunista lembrou que o acordo assinado entre a troika estrangeira (FMI/BCE/CE) e a troika nacional que se lhe submete (PS, PSD e CDS) ameaça seriamente o sector ferroviário e os seus trabalhadores: a EMEF, tal como a CP-Carga ou as linhas suburbanas de Lisboa e Porto da CP, estão na lista das empresas a privatizar e o acordo prevê ainda o congelamento dos salários, a facilitação dos despedimentos, a liquidação da contratação colectiva e a marginalização das organizações sindicais. 
Para o dirigente comunista, quem no distrito de Setúbal votou na CDU nas últimas eleições sentiu o seu voto respeitado – assim sucederá também no dia 6 e Junho, garantiu o Secretário-geral do PCP: «Lá estaremos, no dia a seguir às eleições, ao lado dos trabalhadores». Alertando para os «tempos difíceis» que aí vêm, Jerónimo de Sousa apelou à luta organizada, pois «se quem luta nem sempre ganha, quem não luta perde sempre».
Antes, Francisco Lopes (primeiro candidato da CDU pelo distrito de Setúbal), tinha já destacado a importância das eleições legislativas antecipadas para a defesa do sector ferroviário, considerando-as mesmo como uma «jornada de luta». Cada voto na coligação PCP-PEV, acrescentou, conta para defender os direitos dos trabalhadores e o próprio pólo ferroviário do Barreiro. Sendo fundamental para eleger mais deputados da coligação, o voto na CDU é também essencial para que sejam eleitos menos parlamentares do PS, PSD e CDS, que tanto têm prejudicado a região e as suas gentes. Integravam ainda a delegação da CDU os deputados Heloísa Apolónia e Bruno Dias, igualmente candidatos nas próximas eleições.
De manhã, a delegação da coligação visitou o Arsenal do Alfeite, constatando a degradação das condições de trabalho naquele que já foi um importante estaleiro naval, ligado à Marinha. Pouco mais de um ano depois da sua transformação em Sociedade Anónima, o Arsenal do Alfeite atravessa hoje uma difícil situação: cerca de metade dos seus trabalhadores saíram da empresa e o estaleiro está hoje praticamente sem trabalho ou encomendas. EMEF e Arsenal são, pois, dois exemplos gritantes da destruição do aparelho produtivo nacional levada a cabo pela política de direita prosseguida há 35 anos e agravada nestes últimos seis pelo Governo do PS liderado por José Sócrates. 

PCP

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