PÚBLICO OU PRIVADO ? [VIII] PRESIDENCIAIS 2 : HIPOCRISIAS…

PÚBLICO OU PRIVADO ? [VIII]  PRESIDENCIAIS 2 : HIPOCRISIAS…

A hipocrisia é um sentimento – atitude particularmente conveniente nos regimes de democracia burguesa, em que as classes possidentes e os seus testas de ferro, juram aos sete ventos (microfones e holofotes !…), tudo fazer para minorar «voluntariamente o sofrimento dos desafortunados, precisamente o resultado das (suas) orientações e decisões políticas, enquanto beneficiam à «tripa forra» das perversões do (seu) sistema.


É conhecida a história clássica da senhora simpática que à tarde dava milho aos pombos na praça grande, à vista de toda a gente embevecida, e à noite voltava á praça deserta, metendo pombos no saco para a canja !
Vem isto a propósito das declarações do candidato Cavaco Silva, sobre a fome de muitos portugueses, « que envergonha», e do seu patrocínio à iniciativa «patriótica» de um grupo de empresários de restauração, que distribuem aos «pobrezinhos» as sobras das refeições ( enquanto pagam miseravelmente aos seus empregados e os proíbem de levar comida para as famílias!…).
O actual presidente da república, que há cinco anos prometeu melhorar a vida dos portugueses, verte «lágrimas de crocodilo» por aqueles que vão ficando sem emprego, sem casa, sem comida, em resultado da aplicação de medidas (os PEC e o Orçamento de Estado/2011), que são também da sua inspiração e responsabilidade.
Mas o candidato Manuel Alegre, que criticou esta hipocrisia, também não fica bem na fotografia. São as politicas do Governo, de corte de salários, de aumento de impostos, de retirada de subsídios sociais, inscritos no Orçamento de Estado, a que chamou «um mal menor», que estão a criar mais miséria.
Nos escândalos da gestão criminosa dos bancos BPN e BPP, que ainda não está totalmente apurada, mas que os portugueses já estão a pagar! Cavaco Silva e Manuel Alegre, aparecem ligados a operações de contornos duvidosos ( venda de acções «favorecidas» no primeiro caso, e um escrito «literário», bem pago, para fins publicitários, no segundo). São as benesses da «sua» democracia burguesa, em que alguns enriquecem e a maioria empobrece.
Sem hipocrisias, sem «rabos de palha»,é preciso inverter o rumo desta política danosa e destes políticos responsáveis pelo afundamento do País!
Dia 23 de Janeiro, os portugueses podem começar a ruptura!

Armando Sousa Teixeira

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