ORDEM PARA FECHAR INFANTÁRIOS, A MENTIRA COMO ARMA DO TERROR SOCIAL

Nunca como neste momento se assistiu com tanta brutalidade ao recurso da mentira como arma do terrorismo social.

Há cerca de um mês numa reunião entre a Comissão de Trabalhadores e o Conselho de Administração da CP, mais uma vez esta, foi questionada por nós – Qual a intenção da empresa para os Infantários nomeadamente o da Parede e do Barreiro?

Mais uma vez a Sra. Administradora nos garantia, tanto aos Pais das crianças, como aos empregados das instituições, que não havia nenhuma intenção de fechar os infantários da empresa.

Pois no final do dia, na passada sexta feira, no Infantário da Parede  e hoje ás 17, 30 horas nas instalações do Infantário no Barreiro, da mesma forma e com o mesmo propósito, convocaram os Pais para lhes anunciar o encerramento de imediato, do direito do bem social naqueles locais.

A isto chama-se terrorismo social em estado puro. Ninguém vai acreditar que o CA não sabia, há um mês o destino que o governo decidira para os Infantários, isto depois de ter ouvido o ministro dos Assuntos Sociais a fazer um apelo às empresas para terem e colaborarem neste tipo e noutras infra-estruturas de apoio social às famílias e aos seus trabalhadores.

Com esta tão brutal como traiçoeira decisão do Conselho de Administração da CP e do governo, os ferroviários perdem definitivamente o pouco que lhe restava da confiança neles depositada.

Depois do roubo dos salários e das pensões, nem o bem das nossas crianças e dos nossos filhos escapa à vontade do secretário de estado e ao ministro, o de  acabar com os direitos dos ferroviários. Com este traiçoeiro golpe no pouco que resta das prestigiadas Actividades Sociais da CP, o governo de direita, fielmente servido por um CA descaracterizado, isto é, um CA que parece não saber se ainda está ao serviço da CP, ou se, numa jogada de antecipação, para o futuro?

Comissão de Trabalhadores da CP – Comboios de Portugal, EPE