Conferência “Património Cultural em Portugal: memórias, valores, identidades e paradigmas”

Conferência “Património Cultural em Portugal: memórias, valores, identidades e paradigmas”

A Associação Barreiro – Património, Memória e Futuro promove, no dia 14 de junho, pelas 21h30, na Biblioteca Municipal do Barreiro, a apresentação da revista digital “Fundição”, seguida de uma conferência proferida pelo professor doutor Jorge Custódio.

O professor doutor Jorge Custódio é uma das figuras incontornáveis na área da arqueologia industrial contemporânea, é simultaneamente professor universitário, arqueólogo, historiador e museólogo.

 Do seu vasto curriculum destacamos a coordenação da candidatura de Santarém a património mundial, na década de 90; a direção do Convento de Cristo, em Tomar, entre 2002 e 2007; o trabalho na génese do Museu de Lanifícios, na Covilhã, no Museu da Fábrica de Rolhas de Cortiça do Inglês, em Silves; coordenação da montagem do Museu do Cimento de Macieira- Liz e o projeto do Museu do Tempo em Santarém, sua terra natal, foi, até há pouco tempo, Diretor do Museu Nacional Ferroviário.

Para os barreirenses, mais atentos às questões da arqueologia industrial contemporânea, o seu nome é sobejamente conhecido desde os anos 80, quando dirigiu as campanhas arqueológicas na Real Fábrica de Vidros e Cristalinos que D. João V, aí tinha instalado.

 Colaborou, por diversas vezes, na Revista “Um Olhar Sobre o Barreiro” com artigos sobre as unidades moageiras do Concelho.

É o autor do livro “A Real Fábrica de Vidros de Coina (1719-1747) e o vidro em Portugal nos seculos XVII e XVIII”, obra fundamental, inovadora e que mostra ter sido em Coina que se começam a desenvolver as tecnologias e os catálogos que, na Marinha Grande, colocam Portugal em lugar cimeiro na indústria vidreira. Luís Ferreira Calado, no prefácio desta obra refere-se a esta obra do seguinte modo: “O estudo do espólio então exumado permitiu, na obra que agora apresentamos, uma perspetiva inédita sobre a produção da fábrica, entrelaçando, de uma forma inovadora, os dados da arqueologia, da documentação escrita e das análises físico-químicas das peças, com um resultado surpreendente que cruza a história económica e social e a história da arte, a história das técnicas e a iconografia.”

Por tudo o que ficou dito é para a Associação uma honra convidá-lo/a participar nesta conferência que, seguramente, nos ajudará a perceber conceitos fundamentais e essenciais na formação de uma consciência promotora da participação de todos numa área complexa, que toca a nossa identidade, e que necessitando do concurso de todos, não sobrevive a individualismos menos atentos à realidade e às comunidades.

ASOCIAÇÃO BARREIRO – PATRIMÓNIO, MEMÓRIA E FUTURO

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