O Governo anunciou novas tarifas a impor nos serviços de transportes públicos e significativas reduções no serviço prestado, já a partir da amanhã. 1 de Fevereiro, a Direcção de Organização Regional do Partido Comunista Português vai levar a cabo uma acção de esclarecimento no dia 1 de Fevereiro (quarta-feira) nos principais terminais de transporte da região no qual destacamos: Estação da Fertagus no Pragal, 07.30 horas, no Terminal de Transportes do Barreiro, 07.00 horas, Estação Ferroviária de Alhos Vedros, 07.00 horas, Estação Rodoviária de Setúbal, 17.00 horas.
O objectivo do governo é o favorecimento dos grupos económicos. Está a preparar as empresas públicas para serem privatizadas – com o aumento das receitas, a redução de serviço, o despedimento de centenas de trabalhadores, a redução dos seus direitos e remunerações. Está a favorecer aos actuais operadores privados que beneficiarão no imediato da aplicação destas medidas por via da transferência de utentes (sem alternativa no serviço público) e da distribuição das receitas obtidas pelos passes.
Privatizar as empresas públicas de transporte, entregando-os ao grande capital, sobretudo estrangeiro, é um verdadeiro crime contra os interesses nacionais. Nestas privatizações, os investimentos e as dívidas ficam a cargo do estado, os lucros ficam nos bolsos dos privados.
As empresas públicas têm sido esbulhadas em dezenas de milhões de euros ao longo dos últimos anos em benefício dos operadores privados.
Em 2011, um total de 4 milhões e 140 mil euros que deveriam ter sido entregues às empresas públicas foram entregues às empresas privadas.
O Governo mostra, também na política de transportes, que é um agente ao serviço dos grupos monopolistas, é um promotor do agravamento da exploração e do empobrecimento dos trabalhadores e do povo português.
Uma política contra as populações, o povo e o país. Os preços sobem brutalmente, a oferta diminui, milhares de postos de trabalho são eliminados. O transporte público deixa de ser entendido como um direito para ficar sujeito aos critérios da rentabilidade capitalista, a produção nacional é liquidada, como é o caso da EMEF, acentuando a dependência do país.
Um direito que está a ser roubado. A mobilidade territorial dos cidadãos é um direito. Com estas reduções na oferta, com este aumento de preços e com as privatizações, este direito é posto em causa.
Temos de pagar cada vez mais para poder trabalhar, estudar, viver…
O que é preciso é uma política que atraia mais utentes para o serviço público de transportes, reduzindo tarifas, alargando a amplitude dos passes sociais, respeitando os direitos dos trabalhadores, reforçando e reformulando serviços com ganhos no plano da qualidade de vida das populações e da economia nacional.
DORS do PCP
31 de Janeiro de 2012
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