CÁ ESTOU DE NOVO COM UM ABRAÇO FRATERNO PARA TODOS !
PALAVRAS DITAS
Sentou-se e, em voz pausada, disse:
-Sou do Teatro, herdeiro de Moliére
E num gesto largo, pleno de brejeirice,
Arrematou : … falta-me um compére!
O meu palco é o chão que piso,
É nele que represento dia-a-dia,
Guardando a tristeza, mostrando um sorriso,
Como luz de esperança, na tarde sombria.
Às treze pancadas, corre o pano.
Estamos no palco …é o 1º ato.
Parecemos felizes … puro engano.
O que corre nas almas, não está no retrato.
Vós, sentados no balcão e na plateia,
Atentos, expectantes na espera, com esperança
Nos sonhos e ditos que a gente semeia.
Ontem, hoje, amanhã, futuro incerto …
No seio de multidões ou no deserto.
A tentação se ser o outro é evidente,
Troca-se o passado e o futuro pelo presente.
Depois logo se vê … diz o ator
É preciso, sim, viver intensamente
Com amizade, fé e muito amor.
Porém, na passerelle do governo
A “música” que nos dão é bem diferente,
Pior que o purgatório e o inferno,
Numa prosa carregada de mentira.
E quando palra a pega e o papagaio, fala o ministro,
Sendo a “voz do dono” e com ar sinistro,
Representa o papel que lhe é dado.
Porém, se da plateia ou do balcão
Acontece, a certa altura, o pateado,
Retira-se o ator, há nova encenação.
Por instantes se pensa que tudo foi mudado.
Mas não! … A “voz do dono, perante tal pretexto,
Apresenta outro ator, com novo texto.
É ASSIM QUE O “PAGANTE “ É ENGANADO!
ARFER
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