Na nossa região proliferam nos últimos anos as grandes superfícies comerciais, os chamados Fóruns. É o Fórum Almada, o Fórum Montijo, O RioSul no Seixal, O Barreiro Retail Planet, o Continente Barreiro, o Fórum Barreiro, etc, etc. Muitos destes Fóruns são construídos por grandes multinacionais, que detêm empreendimentos deste tipo em todo o Mundo. O pacote apresentado é sempre o mesmo : criação de postos de trabalho, algumas beneficiações nas redondezas. No entanto este tipo de superfície que prolifera na nossa região se bem que a curto prazo promova alguma melhoria em pequenas obras nas redondezas, vai perdurar por décadas como centro de consumismo puro e duro, centro de elitização e especulação imobiliária na área envolvente, exploração de parqueamento automóvel em proveito próprio para sempre, etc, etc. Além de contribuir para a destruição do pequeno comércio local e não dar incentivos à sua dinamização. O modelo de desenvolvimento destes Fóruns que muitas autarquias têm apadrinhado, como a de Setúbal que já vai lançando o mega projecto Fórum Setúbal, vai a médio e longo prazo instituir mais o consumismo nas pessoas, o individualismo, assim como se verifica que os números de postos de trabalho criados não são assim tantos como os propagandeados e são fundamentalmente trabalhos de vínculo muito precário e sem qualificação. As perguntas que deixamos são: Quais as vantagens para o desenvolvimento social, cultural, político e económico que os Fóruns trazem aos cidadãos? Porque é que se continua a insistir neste modelo de desenvolvimento que já está provado em vários países europeus que não é o melhor? Para quando a criação de uma massa crítica que defenda outras soluções para o desenvolvimento que não estas(que são sem sombra de dúvidas as mais fáceis e as mais à mão).
Para finalizar deixamos o repto de uma maior criatividade e mais politicamente consciente tomada de decisões ao poder que nos governa, tendo em vista um verdadeiro desenvolvimento sustentado aos quais os “Pacotes Fóruns” não são definitivamente solução.
Nuno Miguel Ferreira
2 Responses to "O IMPÉRIO DOS FÓRUNS"
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