Portugal é hoje dominado por 5 ou 6 grandes monopólios financeiros, podemos nomear o Grupo SONAE, o Grupo Espírito Santo, o Grupo Mello, Grupo Amorim, entre outros, portugueses e estrangeiros.

Ora estes grandes grupos têm influência na Banca e Seguros, na Saúde, nas Grandes superfícies comerciais, em poucas áreas produtivas que nos restam, no sector imobiliário, nos combustíveis, na Comunicação Social, isto é, dominam praticamente todas as áreas vitais da economia portuguesa. Associados a estes grupos financeiros portugueses estão também poderosos grupos internacionais, a que se preparam também para se associar os capitais chineses e brasileiros.

Vivemos hoje uma situação de monopólio muito parecida com aquela que vivemos nos últimos anos do fascismo (décadas de sessenta e setenta) com o governo a praticar uma política proteccionista em relação a estes grandes grupos dando-lhes apoios vários, isenções fiscais, financiando quando necessário o seu prejuízo (caso BPN e BPP), estimulando ao fim ao cabo a sua projecção e poderio.

Os governos ao mesmo tempo aplicam politicas económicas e sociais que vão no sentido da flexibilização dos contratos de trabalho, da privatização (para beneficio destes grupos) de sectores fundamentais do Estado Social, e chegam ao cumulo de antes de decidirem sobre o projecto de orçamento de Estado reunirem com os grandes senhores da finança para receber orientações precisas sobre o que devem fazer, numa subserviência completa do poder político ao poder económico.

Enquanto esta linha política de Direita se mantiver a situação dos portugueses só se irá agravar e só com a luta pensada e organizada das massas se poderá contrariar este estado de coisas.

Por isso afirmamos que actualmente o único caminho possível é a Luta.

Nuno Miguel Ferreira