ECONOMIA SOCIAL OU SUCIAL – SINTOMA DE CRISE.

ECONOMIA SOCIAL OU SUCIAL – SINTOMA DE CRISE.

A  propósito do “Encontro, Economia Social” no Auditório da  Biblioteca Municipal do Barreiro, em 10.2.2011.

Começo pela definição genérica de ECONOMIA: – “Ciência que organiza os bens no plano financeiro e material. Tem por objectivo o estudo dos meios utilizados pelo HOMEM, tendo em vista organizar e aumentar a produção e repartição dos bens através da utilização de recursos escassos. É pois o modo de obtenção e de administração dos recursos escassos pelas sociedades humanas, assim como as actividades económicas do HOMEM influenciam a forma das instituições , pois estão na origem de criação de novas relações sociais. A Economia Política deve, por isso, basear-se nestes princípios  para criar uma estrutura  económica fiável e concreta, tendo em vista o equilíbrio social. Em teoria deveria ser assim , mas o uso  da  econometria, ciência das finanças e da gestão enviesada  do neo-liberalismo económico, tendenciosamente  globalizado, desvia os resultados da exploração para os cofres ou bolsos de poucos em detrimento da maioria da população, ainda que a demonstração Estatística venha minimizar a evidência do desequilíbrio na distribuição de rendimentos per-cápita.

A Economia dita Social não pode ser, nem deve, um plano de acção de entreajuda de remediados para carenciados, nem tão somente gerir as migalhas distribuídas “generosamente”, produto de pequenas fatias de lucros arrecadados, por aqueles que têm sido sustentáculo de governações com o mesmo sinal político que ao longo de três décadas passo a passo foram destruindo o tecido produtivo (indústria, pescas e agropecuária )induzindo a criação de riqueza baseada na especulação financeira e imobiliária acrescida da evasão fiscal endémica,  conduziram este “Jardim à beira mar plantado” no extremo da “Jangada de Pedra”a uma falência calculada, com o sentido objectivo de tentar amordaçar um povo, através do medo perder o emprego como meio do seu sustento, subtraindo-lhe direitos. Bastava cumprir a Lei Fundamental de Portugal ou seja a Constituição da Republica Portuguesa  ( mesmo com as alterações havidas) quanto às políticas a seguir.

Que equilíbrios se podem gerar num país que tendo condições para o produzir, importa, em percentagens variáveis, 60 a 70% dos  bens alimentares  e cerca de 50% dos restantes produtos de consumo. Há pois que investir na produção, nos espaços urbanos degradados e nos espaços rurais abandonados e improdutivos. Dar igual tratamento, no que se refere à aplicação de impostos, às transacções financeiras, tal como nas comerciais.

Gostei fundamentalmente da intervenção de EUGÉNIO ROSA  pelo modo como abordou o tema, não de forma parcelar mas pelo valor que o significado ECONOMIA lhe merece, o pais é um todo e a problemática atinge a generalidade de uma sociedade, que é a nossa, geradora de desequilíbrios sociais cada vez mais acentuados, geradores de conflitos cujo final é uma incógnita (não sou vidente) mas deduzo ou desejo que tenha um bom fim.

Quanto às restantes intervenções ressalvo do presidente da “Cáritas” EUGÉNIO FONSECA  quando afirmou: – “ …  O voluntariado é essencial para a execução das acções sociais … a economia de relação humana em igualdade de oportunidades (ver direitos constitucionais) … A economia de mercado não deixa desenvolver a economia social, uma economia que não olha a meios para atingir os fins…”

Porém já que todos se aperceberam que vivemos numa economia sem ética, que vê  o HOMEM  como um valor de mercado, sujeito à lei da oferta e da procura como qualquer outro bem material e descartável sempre que incómodo, há que criar condições para que tal não aconteça, para isso basta que o espírito solidário apregoado seja franco e se unam as vontades.

Falou-se da necessidade de unir esforços e congregar meios entre as várias entidades no sentido de minimizar carências, inventariar meios humanos e materiais disponíveis, pois bem o CLASB é o ponto de encontro existente e ponto de partida para a tal congregação de esforços ser levada à prática, o diagnóstico e a inventariação estão feitos.

Fazem falta mais debates sobre cidadania participativa,

BEM HAJA

ARFER  

 

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