As manifestações na Avenida da Liberdade e no Porto convocadas em nome da “ Geração à Rasca” foram na essência uma acção cívica de grande significado social, momento importante da democracia popular. A participação voltou à rua com o Povo, independentemente das ligações partidárias ou corporativas.
Primeira manifestação de protesto convocada pelo facebook, nova forma de fazer política que não deve invalidar o formato democrático das organizações partidárias.
Cerca de trezentas mil pessoas na manifestação superou as expectativas e mostra claramente que a precariedade laboral e o desemprego afecta transversalmente toda a sociedade portuguesa. Manifestações de desagrado cuja grandeza de participação apenas superada pela do 1º de Maio de 1974, revelam quanto povo repudia a governação actual. Nelas estiveram presentes, descontentes, entrecruzando-se gerações flageladas com as políticas dos partidos Socialista e do PSD, colaborante nas medidas mais gravosas para o país em geral. Os mais castigados de novo a sofrerem a machadada maior com a decisão inconcebível e desumana do novo PEC imposto do lado de fora do país que se projecta no futuro próximo, até não se sabe quando!
Muita gente do Povo martirizado presente nos protestos e os ausentes do mesmo modo castigados apoiam os motivos da manifestação, consciente das malfeitorias do Governo que obediente e comandado pelo neoliberalismo europeu acata sem dar cavaco às instituições portuguesas representativas do Povo. Transferência abusiva da soberania nacional, traição lesa Pátria. Que mais é preciso para lhes fechar a porta sem a abrir ao segundo partido que no poder certamente o imitaria. À juventude portuguesa, nestes últimos tempos, colocaram-lhe rótulos depreciativos. Sendo certo que é uma geração à rasca mas, mais bem preparada que a de seus pais, apesar disso tem visto as suas qualificações depreciadas. Se aproveitadas projectariam o país para novos e melhores horizontes. A governação portuguesa entregue a políticos incompetentes tem desbaratado este manancial de qualidade da “ Geração à Rasca”, comprometendo com esse e outros erros políticos, económicos e sociais a soberania nacional.
A precariedade e os baixos salários não promovem a qualidade intrínseca da juventude actual, pelo contrário desmobiliza ou empurra os jovens para o estrangeiro para onde vão contribuir com o saber adquirido no seu país e promover o progresso longe da sua Terra Natal, entregando o resultado dos seus conhecimentos noutros estados conscientes da valia da juventude portuguesa, acrescentando riqueza às suas economias.
Parafraseando os Homens da Luta, direi; – E OS VOTOS PÁ? Será que continuamos com a memória curta? “ A Geração à Rasca” tem algozes, e as outras pá? Há alguma geração que não esteja à rasca? É preciso recordar que o voto em partidos que têm oferecido o país à gula especulativa e à política neoliberal serve o capitalismo selvagem e é negativo para o país, assim, recusar a cruz no voto aos partidos carrascos do Povo português é medida certa.
De Carlos Alberto (Carló)
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