“Patentes versus medicamentos genéricos”

“Patentes versus medicamentos genéricos”

Palestra no Rotary Club da Moita – Dr.Carlos Fernandes sobre “Patentes versus medicamentos genéricos”

Para breve com o lançamento de novos medicamentos, os denominados genéricos irão custar menos 60% que os de marca:

O Dr. Carlos Fernandes, de 30 anos de idade, natural do Barreiro, licenciado em “ciências farmacêuticas na Universidade Lusófona, com especialização em Gestão e Marketing”, iniciou a sua actividade profissional no laboratório “J.Neves” como ”trainer e Affairs Offcier”. Trabalha na Sandoz desde 2008 com funções de “Pharmaceutical Affairs Offcier”, iniciou um ciclo de ascenção sendo promovido para “trainner”, de onde passou para “product manger” sendo desde o corrente ano, “Marketing e Sales Manager da Companhia Sandoz – Novartiz.

Foi ao Rotary Club da Moita, que realizou uma reunião conjunta com o Rotary Club do Barreiro, proferir uma palestra subordinada ao tema “PATENTES VERSUS MEDICAMENTOS GENÉRICOS”.

Após explicação detalhada sobre a empresa Sandoz, dissertou sobre as diferenças entre a medicação de genéricos e os produtos de marca e o seu peso na economia do País.

Foi uma palestra aliciante e que serviu para cada uma das partes interessadas presentes neste convivio questionar o palestrante e ao mesmo tempo exporem os seus pensamentos. Assim estiverem presentes, farmacêuticos, médicos e utentes dos serviços prestados por estas entidades.

Houve afirmações e questões diversas, entre elas destaco as seguintes:

– Que o Estado não tem capacidade de solver as dívidas à indústria farmacêutica.

– Os genéricos são a forma encontrada pela indústria farmacêutica para diminuir os custos.

– Como é que há certeza de que os genéricos fornecidos por diversos laboratórios, contêm a molécula com os mesmos princípios activos ou se é diluída em mais ou menos placebo.

– Tendo presente o que se passa nos Estados Unidos, com a venda de medicamentos à unidade ou a granel, conforme prescrição médica, ou não, não seria de aplicar o mesmo sistema no nosso País?

– Ainda nos EEUU, não serão as seguradoras as proprietárias da maioria dos laboratórios, portanto parte interessada em gerir mais lucros?

– Um dos médicos presentes, com experiência hospitalar, afirmou que o que se passa quando tem receituário para passar aos utentes, que agora é passado por via electrónica, a referência é sempre o genérico mais barato existente no mercado e que se o utente, por qualquer motivo, não se dá com essa medicação,  que para alterar esse receituário, o Estado poupa em termos de preço/medicamento, mas perde em tempo/horas/médico, pois para tratar dessa alteração que normalmente duraria um a dois minutos a resolver, com o sistema de procura informatizada esse tempo quintuplica.

– Sobre estas questões, o Dr. Carlos Fernandes elucidou os presentes, culminando com a informação de que o Infarmed é a autoridade que existe para aprovar toda a variedade de medicamentos que existe no mercado e que esta avaliação merece toda a confiança.

– Ainda sobre a experiência hospitalar, foi questionada a existência das farmácias paramédicas agora espalhadas pela maioria dos centros comerciais e que a única finalidade é aumentar os já de si fabulosos lucros dessas organizações.

– Que os doentes, porque as dosagens não são as indicadas, depois caiem nos hospitais para que os médicos “advinhem” o porquê da medicação não resultar.

– Ainda sobre os preços dos genéricos, preve-se que a aliança que decretou o “apertar de cinto” aos portugueses (Troika) , que com a entrada em vigor dos novos medicamentos, os genéricos terão que ser pelo menos mais baratos 60%, que os de marca.

– Por último tivemos a seguinte afirmação, em relação a este novo vírus, cuja estirpe ainda se desconhece e que se apontava que estivesse nos alimentos que habitualmente se consomem frescos… acontece porque a investigação está estagnada e cada vez mais os laboratórios investem menos em investigação, dando prioridade aos medicamentos para as doenças que têm mais pacientes, como exemplo os vários tipos de cancro e até o HIV.

Carlos Guinote

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