Encerramento da Estação dos CTT sita no Parque Industrial da ex-Quimiparque.
As Autarquias do Barreiro foram informadas, por ofício, emitido pela Administração dos CTT, da sua intenção de proceder ao encerramento da Estação que se localiza no Parque Industrial da ex-Quimiparque.
A política de encerramento de Estações tem vindo a ser protagonizada pelos CTT numa estratégia que se acredita, tenha relação directa com o facto de os CTT deverem ser privatizados até 2013, de acordo com as exigências do FMI, colocadas no Memorando de entendimento, subscrito pelo PS, PSD e CDS.
Numa decisão anterior, os CTT encerraram a estação sita na Freguesia do Barreiro aos sábados, apesar dos protestos da Junta, bem como do PCP que, inclusive apresentou Requerimento na Assembleia da República, pedindo explicações por tal decisão, uma vez que a mesma vem prejudicar os utentes daqueles serviços.
Face a esta nova informação, a Junta de Freguesia do Barreiro, após contactos com os utentes da referida estação, comunicou o seu desacordo com o encerramento, tendo em atenção que os CTT naquele local, serviam inúmeras empresas sedeadas no Parque Industrial.
Face a este encerramento, as pequenas empresas ali localizadas, vêm acrescidos os seus custos de funcionamento pois necessitam de se deslocar à Estação sita junto ao Parque Catarina Eufémia para puderem utilizar um serviço público, imprescindível.
Os CTT constituem o primeiro serviço de correio público criado em Portugal, remontando a sua origem a 1520.
Em 1969 os CTT foram transformados em empresa Publica, adoptando a denominação de: CTT – Correios e Telecomunicações de Portugal, E. P. e em 1992 são transformados em sociedade anónima.
Porém, sempre prestou um serviço público de reconhecido interesse nacional, sendo uma das empresas do sector público que apresenta muito bons resultados financeiros.
O Governo prepara-se agora para dar cumprimento à exigência do FMI, o que implica encerrar cerca de 300 Estações por todo o País, com o objectivo de tornar a empresa mais atractiva para o sector privado.
O encerramento das Estações constitui um retrocesso na qualidade do serviço prestado e causa enormes transtornos aos utentes, significando um mau serviço de gestão prestado ao País.
Os custos do encerramento serão suportados por uma empresa pública, nomeadamente, os custos inerentes às cessações dos contratos de trabalho, ficando para benefício do sector privado, a compra de uma empresa que gera lucros fabulosos, sem qualquer custo adicional na reestruturação dos serviços.
Mais uma vez, se vende o público que é de todos, ao desbarato, para benefício de alguns.
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