Tempos de Preocupação, Tempos de Acção!

Tempos de Preocupação, Tempos de Acção!

Queremos desde já saudar os 50 anos da Escola dos Fuzileiros e afirmar o reconhecimento pelo importante papel que têm tido no Concelho do Barreiro e no País, num serviço patriótico e de defesa da soberania nacional, que ao contrário de outros com responsabilidades acrescidas na Governação e na condução dos destinos do País, o têm  deixado a saque de interesses exteriores e da gula dos grupos económicos e financeiros.

Saudamos a Escola dos Fuzileiros e as Autarquias do Barreiro pela Inauguração do Monumento aos Fuzileiros.

Mas os tempos são de grande preocupação, agravada com as anunciadas medidas pelo Governo PSD/CDS extremamente injustas para os trabalhadores e o povo português, que o actual Presidente da República, Cavaco Silva, apadrinha e defende.

A História tem demonstrado a importância da Aliança das Forças Armadas com os Trabalhadores e o Povo na defesa dos interesses e da soberania de Portugal e num momento de grandes perigos para o Povo e o País, a acção dos Portugueses, nomeadamente dos Barreirenses, coloca-se não como um direito, mas como um dever.

O Memorando da UE/FMI/BCE subscrito pelo PS, PSD e CDS, constitui um ataque fortíssimo à democracia e à soberania nacional, um golpe de Estado, uma clara capitulação perante a ingerência externa, a negação do desenvolvimento nacional, um autêntico e profundo atentado aos trabalhadores, ao povo e ao País, um significativo retrocesso social e civilizacional.

No Concelho do Barreiro, como no resto do País, temos que lutar!

No sector Ferroviário, numa altura em que assistimos à concentração monopolista no sector a nível europeu, com a empresa pública alemã DB na linha da frente, no sentido de liberalizar o sector, verificamos que Portugal, através do Orçamento do Estado/2011, pretende entregar este importante sector de actividade através da privatização da CP, CP-Carga e EMEF.

A ser concretizado este objectivo, os custos para o País seriam ainda mais elevados e com a diferença de que as verbas do Estado seriam entregues a empresas privadas em vez de empresas públicas. Os utentes veriam os custos aumentar e os trabalhadores os direitos em causa, pois o fim lucrativo passaria a sobrepor-se à função social deste sector.

É urgente defender as Oficinas da EMEF no Barreiro, sendo incompreensível que a CP, principal accionista da EMEF e ao mesmo tempo cliente, opte pelo aluguer de material obsoleto a Espanha, gastando 30 milhões de euros/5 anos e sendo a maior reparação feita também em Espanha, quando no nosso País existem diversas opções no universo do património ferroviário que oferecem garantias de realização do mesmo trabalho com custos mais reduzidos e com a certeza de que a reparação/manutenção seria feita em Portugal.

Só a resistência e a luta podem travar este cenário, como ficou demonstrado com a reposição das regras do Acordo de Empresa na CP e CP-Carga, em que após 6 meses de ingerência e intoxicação por parte da Administração da CP, a mesma concluiu que a aplicação do AE é mais favorável, quer para a Empresa, quer para os Trabalhadores.

Aos trabalhadores da Administração Pública, o Governo quer impor cortes nos salários e um novo congelamento dos salários e carreiras, tentando ainda atirar areia para os olhos falando em “rescisões amigáveis”.

Mas aos trabalhadores assim como a todo o Povo Português as agressões não se ficam por aqui, pois o aumento do IRS do preço dos medicamentos e exames médicos; congelamento das reformas e redução dos apoios sociais aos reformados e pensionistas; o roubo do Subsídio de Natal recentemente anunciado; os aumentos do IVA, inclusive nos bens de 1ª necessidade, da electricidade, do gás, entre muitos outros, levarão ao desespero muitas e muitas famílias.

Uma ofensiva perigosa Exige uma resposta vigorosa !

Os próximos tempos serão de grandes desafios.

Serão tempos de acção para o movimento sindical, para os trabalhadores e população do Barreiro.

Recusamos o fatalismo, a inevitabilidade e a irreversibilidade da situação em que colocaram o País e o Povo Português.

O Governo vai tentar aproveitar o período de férias para avançar com um conjunto de medidas contra os trabalhadores, o Povo e o País, tal como o roubo do Subsídio de Natal e não só.

É preciso redobrar a atenção; aumentar o esclarecimento; intensificar a acção.

A LUTA É O CAMINHO !

Barreiro, 2 de Julho de 2011

As Organizações Representativas dos Trabalhadores do Barreiro e

As Associações de Reformados, Pensionistas e Idosos do Concelho do Barreiro

 

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