É esta villa actualmente abastecida de exeellente agua por um abundantíssimo poço, conhecido vulgarmente pelo nome de Poço de Dezeseis, construído em 1793, pela camara de que era presidente o juiz de fora, José Ferreira Cid e procurador do concelho Francisco Pinheiro da Silva, como consta da inscripção que segue:
Para a sua edificação cada casal foi collectado com dezeseis vinténs, segundo diz a tradição, d’ahi lhe veiu o nome de poço de dezeses, pelo qual o distinguem de todos os outros.
Em 1872 foi completamente feito de novo, desde a sua base, com boas cantarias, á custa d’uma contribuição directa lançada sobre todo o concelho, sendo tudo, quanto alli se vê, feito por esta occasião.
O poço superiormente fechado por um gradeamento de ferro e ladeado por duas grandes bombas, aspirantes -prementes, que, tirando a agua, a vão lançar n’um deposito munido de quatro torneiras por onde é feita a distribuição.
Carroças com pipas andam durante o dia, por um preço relativamente muito módico, vendendo agua pelas ruas.
Na parede do deposito, lado direito, vê-se a inscripção que acima reproduzimos; por occasiào d’esta reedificação, em 1872,foi collocada do lado esquerdo a seguinte outra lapide :
A vereação seguinte, porém, não sei se no intuito de prestar homenagem aos seus munícipes, se por mesquinha vingança politica-partidaria, mandou apear esta pedra, substituindo-a por uma outra, que ainda hoje alli se conserva, na qual se lêem apenas as seguintes palavras:
POVO
1872
Além d’este existem ainda, disseminados por toda a povoação, uns oito poços públicos, mas menos abundantes e de agua muito mais inferior.
Texto extraído do livro
“Memória Histórica e descritiva”
“villa do Barreiro”
de: José Augusto Pimenta
do Ano de 1886
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