Executivo e Trabalhadores analisam  País, Região e Concelho

O Presidente da Câmara Municipal do Barreiro (CMB) e os vereadores, com pelouro, que integram o Executivo Municipal no mandato 2009/2013 reuniram faseadamente com todos os trabalhadores da Autarquia, durante o mês de Setembro. Esta iniciativa, ‘Opções Participadas com os Trabalhadores’ acontece no âmbito de uma gestão de proximidade, que caracteriza a actuação deste Executivo.

Espaço de debate e de reflexão, por excelência, estas sessões não têm uma ordem de trabalhos rígida e pautam-se pela intervenção sumária do Presidente da CMB, Carlos Humberto de Carvalho, que contextualiza a situação geral do País e, particular, desta Autarquia e, em seguida, são os funcionários que colocam questões e dão opiniões.

O PRESENTE NÃO PODE ESQUECER O FUTURO

“Somos o centro geográfico da Área Metropolitana de Lisboa (AML)”, começou por dizer o Autarca, “mas uma periferia relativamente às acessibilidades a Lisboa”. Esta situação deveria ser invertida e, na opinião do Presidente, o Concelho deve assumir no século XXI o mesmo papel que desempenhou no século passado, de motor de desenvolvimento do país e da região. “É com este objectivo que estamos a trabalhar”, reafirmou, enumerando a título de exemplo o Plano de Urbanização da Quimiparque (PU), as questões das acessibilidades, designadamente a Terceira Travessia do Tejo (TTT) com as duas vertentes (rodo e ferroviárias), a ligação ao Seixal, a CRIPS (que irá ligar a Ponte Vasco da Gama à Trafaria), o Metro Sul do Tejo e o Plano de Mobilidade e Transportes Intermunicipal, bem como o Plano de Vias Cicláveis.

No que respeita à aposta nas zonas ribeirinhas do Concelho, Carlos Humberto de Carvalho referiu que a primeira fase do Polis já está concluída e que a segunda fase está em construção.

No que respeita às acções no âmbito do Projecto REPARA, o Presidente adiantou que o parceiro APL vai concluir (em 2012) a muralha e a ciclovia desde a Avenida Bento Gonçalves, até ao Clube Naval.

“Temos pois que pensar em resolver as coisas do presente, do quotidiano mas, paralelamente, temos que pensar no ‘amanhã’. E embora o presente esteja condicionado o futuro, aquilo que queremos daqui a dez anos, não pode ser abandonado ou esquecido”, disse para concluir esta questão.

ESTAMOS CÁ PARA ENCONTRAR SOLUÇÕES

No que respeita à situação actual, o Presidente foi peremptório em afirmar que “vivemos, aqui no Barreiro, as angústias do País.” Por isso, também aqui, na Autarquia, nos primeiros oito meses do ano, foi registada uma quebra elevadíssima na receita. Medidas muito concretas virão a ser tomadas, salientou o Presidente para quem “o pior erro é não tomarmos decisões e fingirmos que os problemas não existem.”

A título de exemplo salientou algumas das acções já tomadas ou em fase de implementação que visam diminuir as despesas da CMB, referindo, ainda, que há uma série de apoios (ao nível do associativismo, da cultura, e do desporto, designadamente) que têm de ser revistos.

As primeiras discussões (internas) do orçamento para 2012 já começaram a ser feitas e em cima da mesa estão um conjunto muito vasto de decisões que vão ser tomadas, até porque, disse o Autarca “a Câmara tem de cumprir com a legislação”. Ainda assim, as palavras finais foram de esperança e de confiança, com uma certeza “temos que salvar o que é essencial, e na minha opinião, essenciais são os direitos dos trabalhadores, a autonomia do Poder Local e a defesa do serviço público”.

O combate é difícil e desigual considerou Carlos Humberto de Carvalho, mas “nós cá estamos para enfrentar os problemas e encontrar as soluções”.

CMB 2011-09-27