(Texto não lido da presidente da Associação de Mulheres com Patologia Mamária na sede do Clube União Banheirense)
Gostaria, antes de mais, de agradecer a presença da Senhora Vereadora Dr.ª Vivina Nunes, em representação do Presidente da Câmara Municipal da Moita, Dr. João Lobo, e da Senhora, Membro da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira.
Encontramo-nos aqui, na sede do Clube União Banheirense, com o qual temos a honra de colaborar, na organização de mais uma iniciativa em que o esclarecimento se transforma em arma para salvar vidas humanas.
Gostaria ainda de agradecer o inestimável contributo das Senhoras Dr.ªs Lurdes Ramalho e Paulina Chitonho, Médicas, e Enfermeiras Célia Faria e Maria João Campante que hoje, voluntariamente, se disponibilizaram para, num dia de descanso pessoal, virem aqui para connosco continuarem a luta que diariamente travam pela vida dos seus pacientes. Para elas o nosso especial agradecimento.
A Associação de Mulheres com Patologia Mamária nasceu há doze anos com o encontro de seis mulheres. Em salas de espera de hospitais, de radioterapia e quimioterapia, partilhávamos medos e esperanças.
No meio da angústia, da dor e da solidão que sente quem luta contra o cancro, tornou-se claro que falar com alguém que passou pelo mesmo percurso nos ajudava. Depois todas nós nos apercebemos de que apoiar alguém que começava a passar por aquilo que nós próprias já tínhamos vivido nos ajudava a relativizar e a superar os nossos próprios problemas.
Éramos seis mulheres mas contámos desde o início com o apoio de médicos, técnicos de saúde, os nossos familiares e amigos.
Quando se luta pela própria vida tudo muda:
- O modo como vemos o mundo
- A importância das coisas
- A importância dos familiares e amigos
- As prioridades
Embarcámos então numa aventura que nos uniu e que depois de doze anos de actividade e de trabalho voluntário na comunidade fez com que de seis mulheres surgisse uma Associação que hoje conta com mais de quinhentos associados.
O nosso lema “Porque existe amanhã” resume o sentimento face ao papel na nossa Associação e também das nossa vidas.
O cancro não é o fim da estrada; pode e deve ser um começo de uma nova vida, “porque existe amanhã”.
Muito obrigada.
Elisabete Pessanha
(Baixa da Banheira, 22 de Outubro de 2011)
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