Foi anunciado pela CP, aos trabalhadores que exercem funções no infantário no Barreiro, que o estabelecimento vai encerrar no final do ano.

O encerramento tem a ver, com a necessidade de reduzir custos.

No entanto, ninguém apresentou dados concretos aquelas trabalhadoras, sobre qual o custo que tem para a empresa a manutenção do infantário.

Nem tão pouco apresentaram quais os benefícios sociais que a sua manutenção acarreta.

A politica de destruição dos direitos sociais está em marcha acelerada, como se fossem estes pequenos benefícios que levaram à situação de endividamento das empresas públicas.

Falsa questão. Provavelmente, o infantário custará à empresa muito menos do que custam as

Retribuições e prémios atribuídos aos gestores públicos nas empresas do grupo.

A medida vai afectar cerca de 15 crianças, que ficam sem infantário, e 5 trabalhadoras vão ficar desempregadas.

Medida cega, que certamente não vai contribuir em nada, para a consolidação do orçamento das empresas envolvidas.

É mais um ataque aos trabalhadores, os pais das crianças, que perdem um benefício social importante e imprescindível nas suas vidas.

Os direitos sociais estão contemplados na Constituição e na Lei e são uma forma de atenuar os efeitos nefastos dos salários praticados no País, em comparação com os que são praticados no resto da Europa.

A medida, enquanto violadora dos direitos sociais, direitos adquiridos pelos trabalhadores e pelas crianças, é ilegal e inconstitucional.

Os trabalhadores visados têm mais um motivo para aderir à greve geral, para além de poderem accionar a empresa junto dos Tribunais, para fazer valer os direitos sociais, que adquiriram há já muitos anos.

Se o Governo ataca trabalhadores e crianças indefesas, retirando-lhes direitos adquiridos, então a resposta é a luta contra tal ataque, na vertente mais pura, a Greve, e a luta nos Tribunais pelo direito à legalidade.

Dulce Reis