Os ferroviários, promoveram um Encontro/Debate que se realizou no dia, 16 de Novembro, com início às 10,30 horas, nas instalações do Sindicato da Hotelaria, Pátio Salema em Lisboa e contou com a presença de cerca de 100 presenças oriundos das empresas do sector dos transportes, EMEF, REFER, CP, CP/Carga, Metro, Carris e Rodoviários.

No final foi lida, colocada à discussão e posteriormente votada e aprovada por unanimidade e aclamação, uma Moção que foi entregue por uma Delegação mandatada pelo Encontro ao Senhor Ministro da Economia e do Emprego, na qual se transcreve:

 Moção

Considerando que:

–        As concessões de transporte dos trabalhadores do sector têm origem nos contratos que fizeram com as empresas, às quais dedicaram a sua actividade profissional ao longo de anos;

–        Essas concessões foram sempre pagamento em espécie, ou seja, a justificação para salários mais baixos sem quaisquer custos para as empresas, pois a oferta não teve de ser alterada;

–        Aqueles contratos consagravam a manutenção do direito às concessões quando na situação de reforma;

–        Após o 25 de Abril os trabalhadores de algumas empresas do sector dos transportes conseguiram o direito à reciprocidade;

–        Com a actual politica de assalto aos direitos do povo e da economia nacional, onde se inserem as privatizações, o governo, através dos seus homens de mão nas empresas do sector, está já a roubar uma parte dos trabalhadores e dos reformados no direito às concessões, preparando-se para alargar essa ofensiva;

–        Esta ofensiva contra os trabalhadores do sector e os seus reformados é parte da ofensiva geral contra as populações a quem querem privar do direito à mobilidade e impor preços mais elevados;

–        Pretendem atingir todos os reformados no direito à mobilidade com o anúncio de acabar com os passes específicos para pessoas com mais de 65 anos;

Os reformados das empresas do sector de transportes decidem:

1. Juntar-se a todas as acções de luta que visem a defesa do serviço público de transportes e das suas empresas, sejam elas promovidas pelo movimento Sindical Unitário, ou pelas Comissões de Utentes.

2. Mandatar os sindicatos e as suas estruturas de inter-reformados para promover acções específicas contra o roubo das concessões em curso.

3. Divulgar junto dos outros reformados do sector as iniciativas e mobilizá-los para a participação.

4. Desde já participar na acção que vai ter lugar amanhã dia 17 pelas 18 horas, junto ao Ministério da Economia (Largo Camões)

5. Participar em todas as acções associadas à Greve Geral de 24 de Novembro.

6. Dar conhecimento público destas decisões.

 Lisboa, 16 de Novembro de 2011

Aprovada por unanimidade e aclamação.