O Governo de Maioria PSD/CDS-PP numa clara cedência aos interesses e objectivos dos grandes grupos económicos e de cócoras perante as exigências de um acordo de traição que o anterior governo de maioria PS subscreveu com a troika, com o apoio inequívoco dos partidos que hoje são governo, impôs aos utentes dos transportes públicos mais um aumento o 3º em 12 meses cujo valor médio é na ordem dos 5% sobre os custos actuais, mas o passe do metropolitano aumenta em valores superiores a 25%.
A somar a estes aumentos há mais um de 25% no preço dos passes para idosos e estudantes que até agora eram comparticipados em 50% do seu custo e a partir inclusive de 01 de Fevereiro passam a ser em apenas 25%.
Ainda e também devido às alterações que vão ser introduzidas ao actual modelo de circulação de todo o tipo de transportes, supressão de carreiras, alterações e encurtamento de percursos alargamento dos períodos de circulação entre os vários meios de transporte, redução de carruagens e de velocidade no caso particular do metro, obrigando em muitas situações os utentes a fazerem vários transbordos que agora não eram necessários, vão dar origem a aumento de custos indirectos a somar aos 5% que os utentes vão ter de suportar.
Tais medidas tomadas num quadro político de grande gravidade para a, maioria do povo português e trabalhadores são tomadas de acordo com objectivos bem definidos.
Aumentos brutais dos custos dos transportes agravando consideravelmente as dificuldades económicas e sociais dos utentes, limitando a sua mobilidade, em benefício dos interesses económicos.
Reduzir em grande escala a oferta de transporte para a partir daqui promover centenas senão mesmo milhares de despedimentos dos respectivos trabalhadores.
Conseguidos estes objectivos avançar com a privatização das áreas dos transportes que os grupos económicos escolherem ficando no sector público aquelas que não interessam a tais grupos.
Face aos aumentos e às alterações anunciadas pelo governo e às suas consequências para os utentes e trabalhadores o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos – MUSP manifesta-se totalmente contra as mesmas exortando quer as comissões, quer as populações a manifestarem idêntica posição ora promovendo acções de protesto e indignação ora participando nas mesmas, só assim será possível pôr cobro a medidas tão graves e injustas que sistematicamente recaem sobre a maioria dos portugueses e portuguesas.
Grupo Permanente do MUSP
Lisboa, 23 de Janeiro de 2012
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