“O Comboio da Pedra”

“O Comboio da Pedra”

  “Uma esperança que não finda

  Uma fé que tudo vence!

  Um valor mais alto ainda

  Um só nome: Barreirense!”

A turma de teatro e de dança da UTIB – Universidade da Terceira

Idade do Barreiro, deu mais um espectáculo da peça “O Comboio da Pedra”, da autoria da Doutora Manuela da Fonseca, no domingo, dia 22 de Janeiro, pelas 16 horas, na Casa da Cultura da Quimiparque.

Uma semana repleta de ensaios, de muitas canseiras, de adaptação à bela sala de espectáculos subaproveitada (que pena!), mas que valeu a pena o esforço de todos nós, pois o público compareceu, gostou e aplaudiu.

A peça encenada por Luciano Barata, retrata os momentos vividos por muitos barreirenses, aquando da construção do Ginásio-Sede do “nosso barreirensezinho”.

Os mais velhos identificaram a 1ª cena na “Praça do Barreiro”, passando por lá figuras típicas da nossa terra, onde se vendiam as rifas para a construção do Ginásio-Sede, nos anos 50, e os mais novos passaram a conhecer a história, para registo em memória futura.

Os pregões utilizados na época constituíram um momento hilariante, era o recordar de tempos idos, o barulho produzido e a alegria do momento:

Olha o nabo roxo para a panela da patroa: vai rama, cabeça e tudo porque é coisa muito boa.

É do ramo a bela laranja: estas não fazem azia. É comprar, comprar freguesas, são laranjas da baía.

– Olha o peixe que a gente gosta: bem melhor que o bacalhau. É a vivinha da Costa. Há sardinha e carapau.

Até tivemos um jogo de futebol, com claques e tudo, e como não podia deixar de ser, o Barreirense ganhou!

“Do sonho à realidade” 

Seguiu-se a dramatização dos comboios com as pedras e o descarregamento dos carros, que vinham da pedreira de Santana – Sesimbra. A coreografia “dançou” na construção do ginásio, que no final, surge em apoteose.

A cena na “Barbearia”, não podia faltar e o “Espectáculo de Variedades” com artistas conhecidos que cantaram graciosamente as músicas da época e encantaram, contribuíram para que o sonho se tornasse realidade.

Por último a “Sessão Solene”, em 11 de Abril de 2011, dia em que o clube comemorou 100 anos de existência. É muito tempo!

É de salientar o trabalho realizado pelo grupo de Dança, Teatro e por alguns alunos da Escola Mendonça Furtado, que em conjunto conseguiram um trabalho de grande qualidade. Um colectivo de mais de 50 pessoas, numa ampla faixa etária, requer grande esforço, árduo trabalho, compreensão, organização e solidariedade.

Grande amor a esta arte que consegue fazer “milagres”, com tanta gente, em tão pouco tempo!

Continuamos a acalentamos o sonho… representar a peça no Ginásio-Sede do Futebol Clube Barreirense!

Como diz o ditado “a esperança é a última a morrer”, estamos confiantes que tal ainda irá acontecer.

Maria João Quaresma

Barreiro, 25 de Janeiro de 2012

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