MINISTRO DA SAÚDE INAUGURA EQUIPAMENTO NA VERDERENA E AFIRMA QUE USF EM SANTO ANTÓNIO AGUARDA VISTO DO TRIBUNAL DE CONTAS PARA AVANÇAR

MINISTRO DA SAÚDE INAUGURA EQUIPAMENTO NA VERDERENA E AFIRMA QUE USF EM SANTO ANTÓNIO AGUARDA VISTO DO TRIBUNAL DE CONTAS PARA AVANÇAR

Paulo Macedo, Ministro da Saúde, presidiu este sábado, 25 de fevereiro, no Barreiro, à inauguração da USF – Unidade de Saúde Familiar Ribeirinha, na Freguesia da Verderena. A funcionar num espaço com 900 m2, cedido pelo grupo Jerónimo Martins, esta USF promete vir a responder a um universo de mais de 30 mil utentes, e colmatar a atual falta de médicos de família junto daquela população. As portas abrem oficialmente, ao público, na segunda-feira, dia 27.

Depois de breves palavras de saudação para os profissionais que sonharam o projeto e o foram construindo ao longo dos meses, a diretora executiva Maria Manuela Marques, responsável pela gestão do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Arco Ribeirinho, afirmou que prestar cuidados de saúde de qualidade aos seus utentes é a missão deste Agrupamento. Em seguida manifestou publicamente a sua gratidão para com o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro (CMB), Carlos Humberto de Carvalho, pela forma como desempenhou o papel de ‘mediador’ e foi ‘padrinho’ desta “aproximação entre o ACES e o Pingo Doce”.

Por seu turno, Carlos Humberto de Carvalho saudou o Ministro da Saúde dando-lhe as boas-vindas a “esta terra de democracia, de liberdade, de solidariedade, de resistência, combate e luta, de consciência cívica, politica, e de saber-fazer”.

“O Barreiro, ao longo da história, sempre foi uma terra de trabalho, de tecnologia e de desenvolvimento” disse, e “são estas características que temos de manter e desenvolver para o nosso futuro”.

Afirmando que o tempo presente é sempre um tempo novo, o Presidente acrescentou que “é para essas mudanças, para esses desafios, que queremos estar preparados”.

De forma sintética, Carlos Humberto de Carvalho explicou o processo que viria a culminar na inauguração desta Unidade de Saúde Familiar. “Ponderámos, vimos interesse, iniciámos conversações. Concluímos, e bem, que o que mais falta fazia à freguesia era um equipamento de saúde”.

A razão da existência de instituições públicas é resolver os problemas das pessoas disse o Autarca, reiterando que foi isso que, todos, em conjunto, conseguiram fazer neste caso concreto.

“A nossa função é trazer eficácia e eficiência à administração pública. O nosso País vive momentos angustiantes. Aos trabalhadores e ao povo estão a ser pedidos imensos sacrifícios que, às vezes, me interrogo se são justos e equitativos”. E é neste contexto de dificuldades que caminha o Poder Local, mas, segundo o Autarca, “tendo sempre presente a necessidade de resolver os problemas dos cidadãos”. Assim, em seu nome, em nome da Câmara Municipal e em nome do Barreiro, Carlos Humberto de Carvalho desejou que o Ministro encontre êxito nas soluções que vier a aplicar de forma a resolver algumas das carências e preocupações do Concelho.

“Desejo-lhe, senhor Ministro, êxito para nos ajudar a que, tão rápido quanto possível, consigamos que os cerca de 15 mil cidadãos sem médico de família o passem a ter; que o Centro Hospitalar Barreiro Montijo não continue a encerrar serviços ou valências como está a acontecer com a piscina, e que, pelo contrário, possa ser um equipamento central do desenvolvimento sustentado para mais de 200 mil habitantes desta região. Senhor Ministro desejo-lhe êxito para que nos ajude a resolver e a ultrapassar as carências do Centro de Saúde de Santo António, tantas vezes prometido, inscrito em PIDDAC e sucessivamente adiado. E lembro-o da necessidade de transferência do Centro de Saúde da Avenida do Bocage para novo local.

Desejo-lhe êxito para que encontre soluções adequadas para os doentes que precisam de ser transportados para os seus locais de tratamento e para as respetivas corporações de bombeiros”.

A finalizar, o Presidente da Autarquia disse acreditar que é preciso, em momentos como este, “que não nos seja retirada a capacidade de sonhar e que até as estrelas sejam do povo”.

Parceria frutuosa e vantajosa para a causa pública e o bem comum

Em representação do Grupo Jerónimo Martins, Henrique Soares dos Santos revelou estar convicto de que esta USF vai fazer a diferença de forma direta e indireta  na vida das mais de 30 mil pessoas que residem nas freguesias da Verderena e no Alto do Seixalinho.

Enaltecendo o facto desta Unidade de Saúde resultar de uma conjugação de esforços entre entidades públicas e privadas, em torno de um objetivo comum, Soares dos Santos disse entender que esta inauguração simboliza a importância do trabalho em parceria para responder à necessidade das comunidades. 

Os centros de saúde na região são uma prioridade

Paulo Macedo, o Ministro da Saúde, encerrou a sessão. Contextualizando que é conhecida a carência de médicos de família e de outros profissionais de saúde nesta região, disse ser com gosto que participava no início de atividade de mais uma USF no ACES Arco Ribeirinho da Península de Setúbal. Paulo Macedo enquadrou que esta USF é parte integrante do ACES que abrange os concelhos do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete. Esta Unidade cobre, assim, uma área geográfica de 559 km2 e dá resposta a uma população inscrita de mais de 243 mil utentes. Para o efeito, este Agrupamento dispõe de 21 unidades funcionais.

“Com a entrada em funcionamento desta USF, 83 por cento dos mais de 92 mil utentes inscritos ficam cobertos por médicos de família”, disse o Ministro, explicitando que aqui vai trabalhar uma equipa constituída por sete médicos, sete enfermeiros e cinco administrativos, com possibilidade de expansão até aos 10 médicos. “A USF vai abranger cerca de 12.250 utentes até ao final deste ano, permitindo a atribuição de médico de família a cerca de sete mil pessoas. Não ficando inteiramente resolvido o problema, esta Unidade contribui decisivamente para o atacar, e aponta o caminho que iremos prosseguir. Acreditamos que, se conseguirmos implementar bons cuidados de saúde primários, será bom para as pessoas e para o País”.
 
Afirmando que vivemos num mundo em constante transformação e que novos problemas de saúde e novos riscos emergem constantemente, Paulo Macedo enumerou os quatro problemas comuns às sociedades mais desenvolvidas – “custos, ineficiências, queixas de falta de acesso e qualidade”. Ainda assim, afirmou, “o potencial de transformação e de inovação dos nossos serviços de saúde é ainda muito grande e um bom exemplo é a reforma dos cuidados de saúde primários. Em relação às Unidades de Saúde Familiares, o Ministro classificou-as como serviços de saúde de proximidade, de pequena dimensão, inseridas na comunidade e de contacto fácil e afável na relação que estabelecem com os utilizadores mas que, contudo, é sempre possível melhorar.
Deixando uma palavra de apreço “sempre devida aos profissionais do Serviço Nacional de Saúde, de quem nos orgulhamos”, Paulo Macedo  enalteceu, a finalizar, o papel ‘exemplar’ de muitas autarquias e da sociedade civil na construção e implementação das USF um pouco por todo o País.
E disse ainda que, mesmo neste contexto difícil, continuará a promover-se a proximidade de cuidados aos cidadãos e são prova disso as outras iniciativas que temos para a região do Barreiro, “designadamente a USF de Santo António da Charneca em relação à qual estamos à espera do visto do Tribunal de Contas e iniciaremos as obras assim que o mesmo for obtido, bem como em relação a outros centro de saúde na região que, como foi referido, são uma prioridade”.

 CMB 2012-02-27

 

 

 

 

 

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