O impulso para pintar, embora pareça que nasce com todos nós, não é bem assim.
Pintar exige insistência, trabalho disciplinado, obsessão, tempo. Quando se pinta nada mais existe. Só pensamento e sentimentos colados na tela. Luta-se com a obra, esta faz-se a si mesma, evolui, embora respeitando os traços inicais. Surge o cansaço. Temos de parar. Amanhã há mais, talvez.
E depois há a procura do tema, a procura de nós, as memórias, os afectos e sempre a terra onde nascemos, onde crescemos, as raízes, os locais e o eterno rio, a água com os seus mil cambiantes de luz. Barreiro, rio, máquinas, gente laboriosa.
Texto e Pinturas de Vitor Manuel
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