“Amélia dos Olhos Doces” de Carlos Mendes e Joaquim Pessoa encantou Barreiro
“Amélia dos Olhos Doces / quem é que te trouxe / grávida de esperança? / Um gosto de flor na boca, / na pele e na roupa / perfumes de França. / [refrão] Cabelos cor de viúva, / Cabelos de chuva / Sapatos de tiras / e pões, quantas vezes / não queres e não amas / os homens que dormem / contigo na cama (…)” In “125 Poemas Antologia Poética”.
Este e outros temas soaram na noite de sexta-feira, 7 de Outubro, no Anfiteatro da Biblioteca Municipal do Barreiro, na sessão de apresentação de “Ano Comum” (editado pela Litexa), novo livro do poeta barreirense Joaquim Pessoa, autor desta e outras letras perpetuadas pela música e voz de Carlos Mendes. A iniciativa foi promovida pela Câmara Municipal do Barreiro, Joaquim Pessoa e a assessora editorial, tradutora, revisora e amiga do autor, Cristina Paixão.
“Amélia dos Olhos Doces” e “Jardim Jaleco”, com Carlos Mendes ao piano, encerraram o serão, que entrou pela madrugada dentro. Ambos entusiasmaram o público que lotou o espaço, provocando, com os reconhecidos acordes e palavras familiares, a animação geral.
No painel que apresentou o livro e o autor, poeta e pintor, Galardão Barreiro Reconhecido 2001 na área Cultura, Artes e Letras, estiveram além de Joaquim Pessoa e Carlos Mendes, o Presidente da Sociedade Portuguesa de Autores e, também, poeta, José Jorge Letria, a professora de literatura portuguesa e crítica literária que assina o posfácio da obra (prefaciada por Robert Simon), Teresa Sá Couto, e Cristina Paixão. Na assistência marcaram presença o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Carlos Humberto de Carvalho, e membros do Executivo.
A sessão arrancou com um debate, seguindo-se a declamação de poemas de Joaquim Pessoa por elementos da Arteviva – Companhia de Teatro do Barreiro e a actuação, ao piano, do fundador dos Sheiks e vencedor de dois festivais da Canção.
“Denúncia satírica da imbecilidade e da miséria humanas”
Joaquim Pessoa nasceu no Barreiro em 1948. O seu primeiro livro, dos cerca de 20 publicados, foi editado em 1975. David Mourão Ferreira escreveu que Joaquim Pessoa é um dos poetas progressistas de hoje mais naturalmente capazes de comunicar com um vasto público.
“A sua produção poética assumiu desde o momento da sua aparição, a década de 70, um compromisso ideológico e social, firmando como missão a denúncia satírica da imbecilidade e da miséria humanas”. In http://www.infopedia.pt/$joaquim-pessoa.
CMB 2011-10-13
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