Pais e Atletas (Sócios) do Grupo Desportivo Ferroviários do Barreiro vêm por este meio informar o Presidente Sabino e os demais membros da Direcção que o clube que dirigem fica situado em Portugal (País Democrático), mais concretamente no Barreiro (Terra de Liberdade) onde o direito à livre expressão das suas ideias é e será sempre inalienável, pelo menos enquanto vivermos em Democracia.
- O direito à manifestação/indignação é legítimo numa sociedade democrática. A Democracia, para além da sua suposta manifestação interna tem que ter também uma expressão externa, condição sem a qual não é efectivamente democracia.
- A vergonhosa tentativa de silenciar os Pais e Atletas levada a cabo pela actual Direcção ao arrancar e rasgar os cartazes onde, livremente, exprimimos as nossas ideias e apelámos à mobilização de todos para que nos ajudem a salvar o Remo do G.D.F.B., não surtirá nunca o efeito pretendido. Não nos calará!
- A proibição pela Direcção, da entrada nas instalações do clube de uma mãe que acompanha os seus filhos menores (atletas do clube), constitui um acto claro e deliberado de silenciar quem questiona legitimamente as omissões do Presidente Sabino e da restante Direcção do G.D.F.B. relativamente ao Remo Jovem de Formação e de Desenvolvimento para a Competição.
- Prosseguir nesse caminho de expulsar os Pais que questionam a Direcção não resolve qualquer problema, antes pelo contrário, é uma via rápida para a extinção do Remo Jovem e de Competição no G.D.F.B., especialmente no momento em que os Pais estão a tentar ser parte da solução e a tentar encontrar soluções que consigam enquadrar em conjunto, tanto o Remo Jovem de Formação e de Desenvolvimento para a Competição como o Remo Veterano e de Lazer.
- Estes actos, deliberados, da actual Direcção do G.D.F.B. terão como consequência o fim do Remo Jovem de Formação e de Desenvolvimento para a Competição no G.D.F.B. em favor do Remo Veterano e de Lazer. Esquecem, o Presidente Sabino e a actual Direcção, que o futuro aos jovens pertence, é nos jovens do Barreiro que devem apostar, e na continuação do sucesso do projecto de 15 anos que formou jovens atletas campeões que conquistaram, com a camisola do clube, títulos a nível Nacional e Internacional, o que, para um pequeno clube do Barreiro, deveria ser objecto de grande satisfação e orgulho. Esta posição é um erro colossal porque só se garante o futuro do Remo apostando nos Jovens.
- A democracia interna que o Presidente Sabino e a sua Direcção tanto apregoam, tem uma grave falha: os atletas jovens do G.D.F.B. (com menos de 18 anos) não têm quem os defenda dentro da Direcção do G.D.F.B., nem podem ter qualquer participação, pois são considerados pelos estatutos do clube, sócios auxiliares, não podendo assim participar nesses órgãos. Já os veteranos do Remo G.D.F.B. são, considerados sócios efectivos por via da sua madura idade e, podem assim participar nas decisões do clube, em Assembleia, e inclusivé, integrar a Direcção.
- Ao permitir que elementos veteranos façam parte da Direcção e aí proponham/ decidam em causa própria, a Direcção do G.D.F.B. ameaça objectivamente a igualdade e interesses de todos os associados e tende a proteger apenas os interesses dos veteranos do clube.
- Sem os Jovens de hoje o que vai ser dos Veteranos de amanhã?
Estes são os Factos:
- Há cerca de 2 anos, a direcção do G.D.F.B., incentivada pelo seccionista do Remo, enveredou pela criação da secção de Remo Veterano, com a intenção de complementar a modalidade do Remo, estendê-la a outras faixas etárias e inclusivé, obter sinergias entre os jovens e veteranos, nomeadamente, através da experiência e saber acumulado que estes últimos poderiam trazer.
- Ao contrário do que se ambicionava, esta medida não só não produziu os efeitos esperados, como trouxe problemas complicados. Começaram, nessa altura, os desentendimentos entre veteranos e equipa técnica do Remo Jovem, relativamente a:
– utilização do equipamento (barcos, ergómetros, ginásio, hangar, etc);
– horários de treinos, pretendendo a secção dos veteranos utilizar o horário disponível para os jovens, visto que era mais cedo e mais conveniente do que aquele que lhes fora destinado;
– desentendimentos de ordem técnica, discordando das orientações da equipa técnica;
– desentendimentos quanto às opções de aquisição de equipamentos da equipa técnica (os veteranos dando primazia à aquisição de determinados barcos, e equipamentos por oposição às opções escolhidas pelo responsável e equipa técnica, normalmente destinadas à formação e competição, visto que se usariam verbas provenientes dos patrocínios e apoios, disponíveis apenas para esse efeito).
- Todas estas incompatibilidades foram-se acumulando durante os últimos 2 anos, sendo que as sucessivas tentativas de entendimento, não produziram efeitos e, pelo contrário, a Direcção do G.D.F.B., alertada para a situação, ou não tomava medidas de conciliação, ou revelando total ausência de isenção, tomava o partido da secção dos veteranos.
- Na reunião do passado dia 27 de Janeiro, repetiu-se esta posição intransigente da Direcção face às preocupações e propostas do seccionista do Remo e dos Pais dos Atletas. Neste cenário, o responsável do Remo, Álvaro Branco, não teve outra opção senão apresentar a sua demissão.
- O projecto do Remo Jovem de Formação e Desenvolvimento para a Competição está, neste momento, posto em causa.
- A Direcção não prestou, até à data, quaisquer esclarecimentos aos Pais e Atletas do Remo quanto ao rumo do projecto e ao futuro da modalidade.
- Após a demissão do responsável do Remo, o Técnico João Pedro, sentindo-se desapoiado, informou pessoalmente Pais e Atletas que saía do clube por não suportar mais o ambiente de constante conflito com o sector de veteranos.
- O jovens atletas do Remo do G.D.F.B. não têm actualmente um Treinador com as competências adequadas para a sua formação e desenvolvimento enquanto atletas.
- Há duas semanas que não se realizam os habituais treinos na água, sem que seja dada qualquer justificação por parte da estrutura técnica (se é que existe) ou Direcção.
10. A utilização dos espaços e equipamentos em simultâneo por jovens e veteranos gera necessariamente conflitos motivados pelo incumprimento do regulamento interno.
11. Não se sabe onde foram usadas as verbas destinadas ao desenvolvimento do Remo Jovem oriundas de patrocínios e subsídios atribuídos especificamente para esse fim.
12. A Direcção não apresenta relatório e contas aos sócios como determinam os estatutos do clube e, de resto, é obrigatório por lei.
Esclarecimentos Adicionais
1. Estão os pais e jovens atletas do Remo do G.D.F.B. contra os veteranos?
Não, os Pais e Jovens Atletas do Remo do G.D.F.B. não estão de forma alguma contra os demais praticantes de remo veterano e de lazer, antes pelo contrário, acolhem todos de bom grado, havendo espaço para todos, desde que prevaleça o bom senso e se cumpram as regras acordadas.
2. Porque decidiram tornar pública a campanha “Salvem o Remo do G.D.F.B.”?
Decidimos fazer este apelo público devido à asfixia interna e falta de soluções dentro do clube que assegurem a continuidade do Remo Jovem de Formação e de Desenvolvimento para a Competição no Clube. Com a saída do técnico principal e do responsável pelo Remo, ficou em causa um projecto por todos reconhecido como um caso de sucesso no desporto Barreirense.
3. Qual será orgânica da modalidade do Remo do G.D.F.B. a partir de agora?
Nada se sabe! A Direcção do Clube não presta quaisquer esclarecimentos práticos e objectivos aos Pais e Jovens Atletas do Remo. Em declarações publicadas num site local, a Direcção alega já ter definida uma nova estrutura técnica para o Remo. Se a tem, deve ser segredo, porque de facto, nas últimas duas semanas, o Remo entrou em colapso com a saída do Treinador João Pedro e do Seccionista Álvaro Branco.
4. O que acham que vai acontecer a partir de agora?
Se não houver bom senso nem uma continuada aposta no Remo Jovem de Formação e de Desenvolvimento para a Competição no Clube, o Remo ficará reduzido apenas à expressão da prática veterana e de lazer que resultará em enorme prejuízo para a juventude do Barreiro. Se este for o caminho escolhido pela Direcção do G.D.F.B., então estamos certos que, para desgosto de todos nós, o Remo Jovem no Clube vai acabar mais cedo ou mais tarde!
5. Porque defendem o regresso do Seccionista Álvaro Branco e do Prof. João Pedro?
Porque são pessoas competentes e o seu trabalho no desenvolvimento do Remo Jovem de Formação e de Desenvolvimento para a Competição no G.D.F.B. é reconhecido por todos como um caso de sucesso. Porque todos (pais e atletas) reconhecemos a sua qualidade técnica, a sua capacidade de motivação e de acompanhamento dos atletas, daí reclamarmos a volta do Treinador João Pedro.
6. O regulamento interno da modalidade é cumprido?
Se o regulamento interno da modalidade fosse cumprido, não existiriam quaisquer problemas internos, os jovens poderiam praticar a modalidade e usar os equipamentos que lhe estão destinados durante as horas programadas, sem pressão e interferências dos praticantes de Remo veterano ou de lazer.
7. Têm conhecimento do destino dado às verbas destinadas à classe jovem?
Existem verbas que estavam destinadas ao Remo Jovem de Formação e de Desenvolvimento para a Competição, fruto de protocolos e de patrocínios com diversas entidades locais, mas que foram aparentemente usadas para fins, pondo em causa o futuro do Remo Jovem no G.D.F.B..
Pais e Atletas (Sócios) do G.D.F.B
BARREIRO, 18 de Fevereiro de 2012
3 Responses to "Pais e Jovens Atletas do Remo do G.D.F.B. lançam campanha pública: “Salvem o Remo do G.D.F.B.”"
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