O Secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, esteve durante a manhã de hoje, 24 de fevereiro, reunido com o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro (CMB). Da agenda fizeram parte assuntos relacionados com a atividade piscatória, náutica de recreio, criação de um polo para embarcações de pesca e outras iniciativas de ordenamento ligadas ao mar. Seguiu-se uma visita ‘exploratória’ à zona de Alburrica, frente ribeirinha da Rua Miguel Pais, Polis, e aos territórios da Baía Tejo.

Aos jornalistas, Manuel Pinto de Abreu contextualizou que, na sequência de uma primeira reunião que manteve com o Presidente da CMB, foi-lhe apresentado um conjunto de prioridades e preocupações relativas não só à atividade piscatória como à náutica de recreio. Neste sentido tomou a iniciativa de vir visitar o Barreiro para in loco recolher informações que lhe permitam, posteriormente, decidir. “Trata-se de uma visita de trabalho exploratória”, afirmou, acrescentando que “para poder melhor decidir e ver de que forma levar a cabo os projetos que são pensados para esta região, decidi cá vir ver. Assim, poderei tomar uma decisão completamente informado sobre estas matérias”.

Sobre a reunião de trabalho que antecedeu a visita disse que, em cima da mesa, estiveram assuntos relacionados com o cultivo das ostras, a apanha da amêijoa, processos de depuração, e outras questões ligadas, por exemplo, à criação de um polo para as embarcações de pesca.

O Secretário de Estado do Mar concluiu, em declarações à imprensa, que “primeiro vamos ver se há condições, para analisar os benefícios, vantagens e inconvenientes destas atividades, e só depois tomaremos a decisão que for correta em relação a isso”.

Para Carlos Humberto de Carvalho, Presidente do Município, o balanço desta ‘reunião/visita de trabalho’ é positivo e as perspetivas também o são.

De acordo com o Autarca, foram visitadas as potencialidades do Barreiro nas áreas ligadas aos rios – ao Tejo e ao Coina – particularmente ao nível da pesca, da apanha da amêijoa, da náutica de recreio e também das atividades portuárias. “Vimos também algumas intervenções pontuais que a Administração do Porto de Lisboa (APL) tem previstas, particularmente, o prolongamento da contenção marginal (muralha) na Av. Bento Gonçalves, e da ciclovia até ao Clube Naval. Vimos também a possibilidade de a antiga doca da CP poder vir a ser aproveitada como um polo de pesca e em simultâneo com algum uso para a náutica de recreio. Visitámos algumas áreas que devem ser objeto de recuperação nas zonas ribeirinhas, como sejam a zona de Alburrica (onde foi avaliada a possibilidade de criação de uma ‘maternidade de ostras’), da frente ribeirinha da Rua Miguel Pais, do Polis e fomos aos territórios da antiga CUF, hoje Baía Tejo. Neste local, falámos sobre as possibilidades futuras de uma intervenção para a atividade portuária com interesses da APL. Colocámos, ainda, a possibilidade de ser feito um estudo global integrado para estas zonas – do Tejo e do Coina – visto tratar-se de uma importantíssima frente de água que banha o Concelho do Barreiro”.

Ainda a propósito dos terrenos da Baía Tejo, o Presidente informou que o PU – Plano de Urbanização da Quimiparque e áreas envolventes foi, já, enviado para a CCDR, para concertação formal. Ou seja, “antes da aprovação formal em Câmara e em Assembleia Municipal, o PU deve ter o parecer favorável de todas as entidades. Demos, assim, o último passo antes da sua aprovação”.

CMB 2012-02-24