Os cortes nas carreiras e circulações na Transtejo e Soflusa aplicados a partir de 27 de Fevereiro merecem a mais firme condenação por parte do PCP. O Governo eliminou 79 ligações fluviais por semana entre o Seixal e o Cais do Sodré, 68 entre o Barreiro e o Terreiro do Paço, 78 entre Cacilhas e o Cais do Sodré, 32 entre a Trafaria e Belém, 39 entre Porto Brandão e Belém e 29 entre o Montijo e o Cais do Sodré. Ao fazê-lo, ataca direitos das populações e dos trabalhadores e degrada ainda mais as suas condições de vida.
A redução das carreiras fluviais na Transtejo e na Soflusa e a consequente alteração dos horários na CP, na linha do Sado põe em causa o direito à mobilidade, à qualidade de vida das populações, ataca estas empresas públicas que prestam serviços essenciais e os postos de trabalho a pretexto do falso combate às despesas operacionais com estas empresas.
Não é com estas medidas que se resolvem os prejuízos das empresas do Sector Empresarial do Estado, como o Governo pretende fazer crer.
O que está em causa com estas medidas negativas é o favorecimento de grupos económicos, preparando estas empresas para a privatização e passar para a lógica do lucro o transporte público.
Os recentes aumentos nos valores dos bilhetes e passes, a ofensiva contra os direitos dos trabalhadores, a eliminação de serviços chamados “não lucrativos” e a consequente redução do número de postos de trabalho, repetindo as mentiras em torno das razões dos prejuízos destas empresas, “Transtejo e Soflusa”, bem como outras empresas do Sector Empresarial do Estado serão certamente para os grupos económicos mais apetecíveis.
O PCP considera inaceitável esta situação, defende a manutenção destes serviços e apela à mobilização e luta dos utentes e trabalhadores contra estas medidas, exigindo a reposição das carreiras suprimidas.
O Executivo da DORS do PCP
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